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Enviada em: 01/10/2019

No filme Capitão Fantástico, um pai decide criar seus filhos longe da civilização pós-moderna e, consequentemente, promove a educação domiciliar. Fora da ficção, essa didática vem sendo discutida no Brasil, assim como seus desafios para garantir a prosperidade pueril. Nessa perspectiva, é premente analisar tais impasses: o prejuízo nas relações sociais e a falta de normas as quais garantam a qualidade.    Em primeira análise, é lícito postular que a educação domiciliar restringe o desenvolvimento psicossocial. De acordo com a Advocacia-Geral da Nação, a escola prepara o indivíduo para situações inevitáveis, as quais terão que viver fora do seio familiar. Ou seja, a educação restrita ao domicilio pode afetar o relacionamento com outras pessoas e suas divergências ideológicas. Ainda, tal problema pode se estender para a esfera trabalhista, uma vez que esse exige trabalhos entre diferentes grupos e ideias. Dessa maneira, torna-se importante assegurar o progresso no âmbito social.   Faz-se mister, ainda, salientar a importância de normas que instituem as instruções pedagógicas. Segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar, 7,5 mil famílias brasileiras optam por esse tipo de ensinamento. Entretanto, ainda sofrem pela falta da aprovação do Projeto de Lei, o qual define as regras educacionais que respeitem os direitos das crianças e adolescentes, pelo Congresso Nacional. Dessa forma, é nítida a necessidade da adequação legislativa. Como, por exemplo, ocorre nos Estados Unidos, onde é garantido que o ensino promova os conteúdos através de provas periódicas.    Infere-se, portanto, a necessidade de medidas aptas a democratizar a qualidade de ensino a todos. Logo, urge que o Ministério da Educação, em parceria com os Centros de Ensino Unificados (CEU´s), através da maior parcela de tributos populacionais, desenvolva grupos de convivência entre estudantes aos finais de semana, com o objetivo de oferecer a socialização. Ademais, o Poder Legislativo, deve agilizar a aprovação da Lei, a qual deve constar avaliações periódicas e a exigência do cumprimento da Base Nacional Comum Curricular, com o intuito de oferecer a qualidade necessária aos estudantes. Dessa forma, será possível caminhar para uma realidade com ensino domiciliar de qualidade como apresentada no longa-metragem.