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Enviada em: 28/08/2018

As instituições de ensino técnico no Brasil ganharam força durante o século passado. Desde então, essa modalidade de formação profissional sempre foi vista como uma positiva oportunidade paralela ao Ensino Superior. Ocorre, porém - para além da necessidade de um estado estável economicamente para viabilizar esse sistema - uma forte ideologia de controle de massa que desqualifica e desafia a formação técnica.     Nesse viés, o estudante técnico sofre com uma limitação de conhecimento forjada pelas autoridades públicas. Baseado na tese do filósofo, Louis Althusser, sobre os "Aparelhos ideológicos do Estado" - que define dispositivos utilizados pelo governo na sociedade para manter um controle através de uma ideologia, entre eles a educação - o ensino técnico funciona como uma maneira de manobrar a população. Dessa maneira, gerações de conhecimentos instrumentalizados são restritas apenas a mão-de-obra barata e qualificada, sem acesso a formação de senso crítico.      Outrossim, são os desafios para a viabilidade de ingressar o recém-formado no mercado de trabalho para ter sua primeira experiência. Em um país que atualmente sofre com mais de 13 milhões de desempregados - segundo dados em reportagem do jornal Folha de São Paulo - essa medida profissionalizante tornar-se inviável e impactadora negativamente. Com isso, para esse modelo obter sucesso, há a necessidade de existir um Estado forte economicamente para ofertar oportunidades aos novos técnicos.      Portanto, em virtude dos fatos mencionados, faz-se necessária uma intervenção sobre o tema.  Para isso, uma economia estável e uma mudança de conduta ideológica precisam ser buscadas. Assim sendo, o Ministério da Educação necessita criar uma nova grade de ensino que contemple disciplinas com caráter reflexivo durante o curso, promovendo rodas de conversa e palestras, a fim de estimular a formação de opinião cidadã. Ademais, fica a cargo do poder executivo equilibrar a crise política e econômica para o país voltar a crescer e gerar oportunidades.