A história do ensino técnico no Brasil ultrapassa os 100 anos. Em 1909, o então presidente Nilo Peçanha fundou as Escolas de Aprendizagem Artífices, cujo público-alvo eram jovens carentes e o objetivo principal era a inclusão social desses indivíduos. Com o forte avanço industrial, essas escolas foram ganhando mais importância ao longo dos anos, porém, mesmo nos dias atuais, ainda há um longo caminho a ser percorrido para o crescimento dessas unidades. O ensino técnico é um curso profissionalizante que geralmente tem duração de um ano e meio a três anos e possibilita ao jovem uma experiência mais prática em suas aulas, além de uma formação mais completa que vai além do ensino médio obrigatório. No Brasil, já existe um número significativo de instituições técnicas tais como o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que é mantido e organizado pela Confederação Nacional das Indústrias, os Institutos Federais e o PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) criado em 2011 pelo Governo Federal. Esses cursos são fundamentais para proporcionar aos estudantes mais conhecimento em áreas específicas e um ingresso mais rápido ao mercado de trabalho, mas é necessário que essas unidades se tornem mais acessíveis em todo o país. Para que essas instituições de ensino possam ser acessadas por mais pessoas, é fundamental que o MEC faça uma reforma na base curricular nacional, integrando a educação técnica ao ensino médio regular nas escolas públicas brasileiras, oferecendo diversas opções de cursos para os alunos dessas unidades de ensino. Posteriormente, é imprescindível que o Governo Federal invista o dinheiro público destinado a educação para melhorar a infraestrutura das escolas e contratar professores devidamente qualificados para ministrar essas aulas, sejam elas práticas ou teóricas. Dessa maneira, as empresas terão mão de obra mais qualificada e os jovens uma experiência profissional mais ampla e adiantada.