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Enviada em: 03/09/2018

A introdução do ensino técnico pelo então presidente Nilo Peçanha, em 1909, foi um marco para o Brasil. Essas instituições tinham como objetivo oferecer ensino profissional e gratuito aos mais pobres, promovendo a inclusão social e criando mão de obra qualificada. Apesar de ser uma porta de entrada pra vida profissional, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, aponta que somente 6% dos jovens entre 16 e 24 anos estão matriculados nesse tipo de modalidade. A baixa procura é apenas um dos desafios enfrentados pelo ensino técnico, somada com o sucateamento da educação num  geral.     Em primeiro lugar, essa baixa procura de ensino técnico vem de uma dificuldade de conciliar a educação com o trabalho, ou vida doméstica. Em alguns casos, pode envolver até falta de dinheiro para pagar, porém existem cursos profissionalizantes gratuitos, como por exemplo o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, ou SENAI.     Além disso, existe um baixo investimento na educação no país, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, a OCDE, o investimento em educação no Brasil é ineficiente em relação ao número de alunos. Escolas técnicas necessitam de um investimento maior, para implementar novas tecnologias, para não haver problemas em relação a pagamento dos profissionais e abastecimento de materiais. Entre 2016 e 2017, a Fundação de Apoio a Escola Técnica passou por uma greve absurda resultante dessa falta de verba, fato que prejudica o aprendizado dos alunos que estão procurando uma formação profissional.     Como cita o renomado filósofo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, ou seja, se a educação profissional for de boa qualidade, o profissional também será. Dessa forma, o necessário a ser feito, pelo Governo em conjunto com o Ministério da Educação, é uma maior divulgação desse tipo de modalidade de ensino, além de incentivos para que haja uma procura maior, pois isso trará benefícios a economia, futuramente. Também é necessário uma prioridade de investimento na educação, especialmente o ensino técnico, somado com a valorização dos profissionais e investimento na melhoria de tecnologias e na infraestrutura. Isso tudo só tem a somar, afim de elevar a qualidade do aprendizado no Brasil.