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Enviada em: 26/06/2019

O ensino técnico pode ser definido como uma modalidade de ensino profissional, orientada para a rápida integração do aluno no mercado de trabalho. Assim, é indiscutível que há desafios e impactos desse tipo de educação, especialmente, no Brasil, onde não há um investimento tão significativo nessa área. Dessa forma, é indispensável que o ensino técnico seja incentivado no Brasil, tanto por ser uma forma de educação, como por quebrar o paradigma de atraso.       No que diz respeito  ao primeiro viés, cabe destacar que o ensino técnico contribui para a formação de estudantes de baixa renda. Para elucidar essa ideia, é possível pontuar o que fala o filósofo David Hume, em sua obra "Ensaio sobre o entendimento humano". Consoante o teórico, tudo que quebrar barreiras para a ciência é benfeitor da humanidade. Ou seja, essa forma de ensino favorece a expansão do conhecimento para grupos com menos poder aquisitivo, como destaca matéria do site "G1": Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) oferecem mais de 4,5 mil vagas para cursos técnicos gratuitos iniciando no segundo semestre de 2019. Logo, é impossível não reconhecer o mérito dessa valorosa espécie de educação e o seu auxílio na difusão do saber.       Em relação ao segundo aspecto, é relevante mencionar que o ensino profissionalizante é um elemento essencial no aumento da produção das empresas e indústrias. Para compreender esse ponto, é válido remeter ao que diz João Batista Oliveira, professor e referência nacional em educação. Segundo o estudioso, a grande diferença entre o Brasil e os países de maior desempenho econômico, como os Estados Unidos, se relaciona com a proporção da força de trabalho com nível médio de ensino, especialmente com nível médio técnico. É possível, então, estabelecer uma infeliz ligação entre a teoria e o que ocorre na prática, como aponta matéria do portal "UOL": o trabalhador brasileiro demora uma hora para produzir um produto que estadunidenses produzem em quinze minutos. Ou seja, a falta de incentivos e infraestrutura para a formação de um ensino técnico competente reflete diretamente na capacidade de produção.       Em suma, é necessário que essa forma de educação seja incentivada. Para isso, o Governo Federal deve promover reformas e projetos para o desenvolvimento do sistema de educação técnica. Essas ações podem ser: reformas nos campi dos Institutos Federais; incentivos a grupos de pesquisas formados por alunos das instituições; ampliação dos programas de ensino médio técnico, diferentes possibilidades de cursos. Isso pode ser feito por meio da melhor distribuição dos recursos financeiros para a aplicação dos projetos. Isso sendo feito, consequentemente, com a finalidade de aumentar o número de profissionais com a qualificação técnica no país e a qualidade do seu ensino.