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Enviada em: 20/08/2019

São incontroversíveis as mudanças sociais promovidas pelo ensino técnico, o qual gera qualificação à classes negligenciadas e diminui a evasão escolar. Conquanto, desafios devem ser enfrentados para que ele não gere impasses. A  rapidez de inserção no mercado de trabalho e os resultados de fácil percepção em um âmbito econômico, hoje mais desenvolvido tecnologicamente, podem vir acompanhados da desvalorização do ensino superior, ou de uma competição imprópria entre ele e os  tecnólogos em vagas de emprego. E até da escassez de estímulo a aptidões individuais e pensamento crítico, aspectos que carecem de modificações.   Precipuamente, é válido analisar como a relação humana com o trabalho se modificou com o transcorrer da história, na antiguidade grega o ato de trabalhar era visto como animalesco. Já em cenário hodierno, executar funções que fomentam a economia expõe mérito e a capacidade de produzir define o valor do homem na sociedade. Aspecto que mostra os cursos técnicos, os quais tornam jovens rapidamente aptos ao mercado trabalho, como de grande esplendor. E nesse ínterim,tais cursos são facilmente compreendidos como benéficos ao corpo social.  A indústria mais automatizada necessita de profissionais qualificados e a economia deve sim ser estimulada, entretanto, essa qualificação deve ser feita de forma oportuna, para atender também aos indivíduos e não apenas ao mercado.     Em segunda análise, pode-se dizer que o incentivo pouco ponderado aos cursos técnicos,  geram danos. Formações técnicas, são voltadas a parte prática em âmbito empregatício e de ampla necessidade. Porém, a população incentivada a valorizar a ação, tende a menosprezar os centros com bacharelados que abrangem também a parte teórica. Tópico que permite ao governo, cortar gastos de pesquisas científicas que auxiliam a criação de novos medicamentos e desenvolvimento de tecnologias. Outrossim, os cursos técnicos, podem  trazem uma falsa ideia de inclusão se não obtiverem espaço próprio, pois os cargos  disputados com bacharéis, são majoritariamente perdidos.  Além disso, jovens  precocemente inseridos no mercado de trabalho, sem ainda  aperfeiçoarem suas aptidões, mantêm a economia inerte, pois  ela sempre foi fomentada por ideias e não máquinas.         Legitimado pelos impasses que um estímulo arbitrário dos cursos técnicos podem gerar, o MEC deve instituir palestras nas escolas, ministradas por profissionais de diversas áreas, que incitem os alunos a desenvolverem suas vocações e pensamento crítico sobre o trabalho. Conjuntamente, deve  suceder um aprimoramento no currículo dos cursos técnicos, para que melhor acolham esses novos indivíduos, os quais auxiliarão a garantir espaço compartilhado de forma harmônica com bacharéis. E podem sedimentante, moldar os cursos técnicos, como benéficos aos indivíduos e ao mercado.