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Enviada em: 21/06/2017

Durante algum tempo, as únicas instituições equiparadas às universidades eram os mosteiros, nos quais os estudiosos dedicavam-se ao aprofundamento em áreas da filosofia, da teologia e da ciência. Com o advento das instituições de ensino superior, o acesso à informação integrou-se à sociedade, contribuindo para a formação de profissionais especializados. Todavia, ainda é um benefício que não contempla a todos, haja vista o alto custo das mensalidades e a má qualidade do ensino médio nas escolas da rede pública. Nesse âmbito, o ensino técnico é uma ferramenta que possibilita a formação a curto prazo e melhora a economia do país, mas que, em sua expansão, possui como principais desafios a qualidade de ensino e o acesso democratizado a todos.      Dessa forma, em um mercado de trabalho cada vez mais seletivo, os cursos profissionalizantes propiciam ao indivíduo a conclusão do ensino médio com uma qualificação para o ingresso na área escolhida. Ademais, podem ser uma introdução que influencia significativamente na escolha da carreira do jovem, que, caso esteja satisfeito com a carreira escolhida, muitas vezes tenderá a se especializar por meio de cursos de graduação ou extracurriculares. De maneira análoga, a situação financeira do país é beneficiada, uma vez que a média salarial cresce, bem como as condições de vida melhoram, como é evidente em países desenvolvidos como a Alemanha, onde o ensino técnico é um dos principais motores da economia nacional.        Sob outra perspectiva, a disseminação dessa modalidade de educação impulsionou a abertura de quantidades desmoderadas de instituições privadas, as quais muitas vezes carecem de infraestrutura e possuem qualidade inferior às disponibilizadas pelos governos. Esse fato resulta na formação de profissionais despreparados que possivelmente possuirão maior dificuldade no mercado competitivo. Além disso, as instituições, quando não são integradas ao ensino básico, exigem uma seleção por meio de vestibulares, cujo conteúdo cobrado vai além do que é oferecido nas grades curriculares da rede pública, dificultando o acesso àqueles menos privilegiados.       Portanto, a fim de se manter a qualidade dos cursos ofertados, faz-se necessário o acompanhamento do desempenho dos alunos de toda a modalidade, por meio de exames similares ao Enade, aplicados pelos Governos Estaduais. As instituições que não atingirem a nota mínima não poderão emitir certificados aos estudantes. Por fim, com o objetivo de se obter maior isonomia, esses cursos devem ser integrados à escola, por meio do ensino em tempo integral, para que, aliados às disciplinas obrigatórias, trabalhem em conjunto para a formação do cidadão brasileiro.