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Enviada em: 20/09/2019

Choji, um jovem ninja ilustrado na produção japonesa "Naruto" tem sua vida atribulada, devido ao excesso de peso, pois além de sofrer com com a discriminação, ele é impedido de praticar alguns treinamentos oferecidos por sua vila. Diante disso, ao analisar o tecido social brasileiro, nota-se que o fato descrito anteriormente não é exclusividade do espectro ficcional. Com isso, urge que medidas sejam tomadas, com o intuito de solucionar o problema da obesidade e do sobrepeso que, por sua vez, é fomentado não só pelo preconceito, como também pela inobservância governamental.         Em primeira análise, cabe pontuar que a gordofobia é um dos principais fatores que contribui com a fortificação das barreiras que os cidadãos com excesso de massa física têm de ultrapassar diariamente. Diante disso, de acordo com um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, pessoas que possuem complexo de inferioridade tendem a desenvolver problemas que desregulam o metabolismo e aumentam as placas de gorduras que congestionam as artérias. Visto isso, é possível perceber que atos discriminatórios tornam-se ainda mais letais perante indivíduos obesos ou com sobrepeso, pois as complicações médicas estimuladas pelo excesso de peso podem ser intensificadas.       Além disso, outro fator a salientar é a inoperância estatal no que diz respeito à harmonização do atual quadro vivenciado pelos cidadãos que sofrem com o alto índice de massa corpórea. Sobre essa ótica, é importante mencionar que a Constituição Federal foi baseada no sonho da harmonia coletiva. No entanto, é notório que o Poder Público não cumpre o seu papel enquanto agente fornecedor de direitos mínimos, uma vez que a obesidade e o sobrepeso não são temas corriqueiramente postos em debate por meio de vias públicas. Além disso, não existe nenhuma lei específica, em vigor, que puna severamente a gordofobia.      Portanto, é imprescindível que medidas sejam tomadas, de modo a neutralizar a problemática e restabelecer a ordem. Logo, o Ministério da Saúde, por meio de parcerias com empresas de comunicação, deve promover campanhas publicitárias -protagonizadas por pessoas com excesso peso- que transmitam as dificuldades enfrentas por essa classe. Nesse sentido, o fito de tal ação é mobilizar o público para que haja uma conscientização generalizada. Além disso, o Governo Federal, mediante reuniões parlamentares, deve elaborar legislações concisas que consigam punir, efetivamente, atos discriminatórios que possuem cunho gordofóbico. Nesse ponto de vista, essas condições jurídicas possuem, como objetivo, obstruir a impunidade e desnutrir estigmas sociais. Somente assim, esse problema será gradativamente erradicado, pois conforme Gabriel O Pensador "Na mudança do presente a gente molda o futuro.