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Enviada em: 23/09/2019

O século XX foi marcado pela estreia das tirinhas do gato Garfield – o qual enfrenta problemas comuns aos seres humanos, como dietas. Nesse ínterim, a obra já abordava, segundo a OMS, a segunda causa de morte que pode ser prevenida do século XXI: a obesidade. Logo, faz-se necessário o debate acerca do tema. A priori, de acordo com o IBGE, aproximadamente 7 milhões de pessoas convivem com a fome no Brasil. Esse dado revela o contraste vivido no país, uma vez que, segundo o Ministério da Saúde, a prevalência da obesidade aumentou por volta de 60%. Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman demonstrou ao pronunciar “consumo, logo existo” que, na sociedade pós-moderna, o consumo é condição indispensável à vida. Portanto, Fast-foods e alimentos industrializados são consumidos indiscriminadamente, e, consequentemente, elevam as taxas de sobrepeso, além de doenças cardíacas e diabetes. Sob esse viés, a obesidade tornou-se problema social – a gordofobia – na qual pessoas acima do peso sofrem com a hostilização e discriminação. Nesse âmbito, veicula-se o tempo todo notícias sobre mundo fit e dietas milagrosas, reforçando a ideia cultural de que o corpo ideal é aquele sem gordurinhas sobrando. Por fim, comentários invasivos e críticos como “se está ruim para mim, imagina para quem jantou” circulam pela internet e escondem uma negligência com potencial devastador – a total falta de sensibilidade com a saúde mental de quem é alvo de deboche sobre seu corpo e seus hábitos alimentares. Destarte, constata-se que a obesidade não é novidade para a população, já que a alimentação irregular é comum nos lares brasileiros. Para tanto, é imprescindível parcerias entre Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, para que o primeiro invista na contratação de mais nutricionistas e psicólogos para postos de saúde, visando a melhor orientação alimentar e psicológica de obesos e o segundo dê subsídios aos produtos orgânicos e naturais, a fim de facilitar o acesso a esses alimentos e melhorar os hábitos alimentares da população. Assim, a problemática do sobrepeso seria de fato amenizada.