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Enviada em: 28/09/2019

O desenho animado Dragon Ball Z retrata, em um episódio, a ridicularização do guerreiro Majin Boo pelo seu sobrepeso. Entretanto, esse personagem torna-se um dos mais fortes vilões do anime, desmistificando a incapacidade de lutar atribuído a ele. Não distante da ficção, é perceptível esse mesmo preconceito estereotipado presente na sociedade brasileira com pessoas acima do peso. Dessa forma, é necessário entender os fatores motivadores que auxiliam a permanência da obesidade e do sobrepeso no Brasil para combatê-los.       Primeiramente, é indubitável que o sedentarismo contemporâneo contribui para agravar o problema. Segundo Márcio Atalla, preparador físico brasileiro, o exercício físico deve ser colocado na rotina diária, como tomar banho e escovar dentes, o sedentarismo é a porta de entrada para diversas doenças. Nesse sentido, o dilema da prática de atividade física para o ser humano ocorre principalmente na exaustiva jornada de trabalho e a falta de tempo.       Outrossim, sem dúvida que a predatória propaganda contribui para essa mazela. De acordo com o Ministério da Saúde a propaganda de alimentos é um obstáculo para garantir uma alimentação saudável. A título de ilustração, os comerciais da maioria das redes de fast-food, sempre apresentam pessoas com a aparência magra ou longe do sobrepeso. Assim, a população, especialmente a mais jovem, é fortemente enganada pela publicidade, que acredita ser uma comida sadia e fatalmente a obesidade torna-se um problema devido ao excesso de ingestão desses alimentos.       Portanto, é necessário a dissolução no imaginário da sociedade no que se refere à padronização do corpo e a compreensão de que a saúde corporal deve ser prioridade em relação aos números em uma balança. Assim, cabe ao Ministério da Saúde investir no oferecimento de oficinas de culinária, realizadas por nutricionistas e cozinheiros em postos de saúde e escolas com o objetivo de fomentar escolhas individuais mais saudáveis. Ademais, as escolas públicas devem oferecer atividades físicas com acompanhamento profissional nos finais de semana para as comunidades do seu entorno com o objetivo de reduzir o sedentarismo. Além disso, agências públicas devem fiscalizar e multar empresas alimentícias que usarem propagandas predatórias a fim de coibi-las.