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Enviada em: 03/10/2019

A tradição judaica, enraizada no passado, deixou para o presente um legado nocivo quanto a pessoas com sobrepeso. Para eles, quem não controlava sua ânsia alimentar possuía falhas em seu caráter e era condicente com o pecado da gula. Entretanto, não é preciso viajar na história para perceber os danos: hodiernamente, obesos sofrem preconceitos e são implicitamente excluídos de algumas práticas sociais.   Em princípio, é válido ressaltar que o sociólogo francês Pierre Bourdieu já havia mencionado a aversão a gordos quando escreveu sobre a Violência Simbólica. Esta ocorre quando não ofertam poltronas acessíveis em transportes públicos ou quando as vítimas não encontram roupas de seu tamanho com facilidade. Essa perspectiva mostra uma violência que não é fisicamente sentida, mas que deixa marcas psicológicas.   Outrossim, é relevante mencionar a posição da Organização Mundial Da Saúde, que caracteriza obesos como enfermos. Assim, fica claro que este mau não pode ser resolvido apenas por esforços individuais. É necessário um conjunto de auxílio, psicológico e físico, que identifique raízes pessoais que desencadeam a enfermidade.    Enfermos que possuem sobrepeso, portanto, são vítimas físicas e psicológicas. Dessa forma, é necessário que o Governo, por meio do Ministério de Saúde, promova palestras que visem conscientizar os indivíduos sobre os danos causados pelo bullying. Além disso, é papel das vertentes governamentais em cada Estado fiscalizar o ambiente social, a fim de que haja acessibilidade em todos os meios sociais. Isso fará com que o obeso se sinta mais incluído e, consequentemente, mais vivo.