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Enviada em: 07/10/2019

Promulgada em 1988, a Constituição Federal brasileira elenca a saúde como um dos direitos sociais. Conquanto, o expressivo aumento na taxa de obesidade representa um entrave na tutela desse direito. Diante dessa perspectiva, é imperioso que o Estado busque controlar essa patologia, valendo-se de suas instituições de ensino e pesquisa nas fases de prevenção e combate.       Sabe-se que um sistema de saúde pública eficiente é importante no desenvolvimento de uma Nação. Hodiernamente, estando entre as maiores economias mundiais, é racional crer que o Brasil prioriza a saúde em suas decisões políticas e estratégicas. Todavia, a realidade não é bem essa e o resultado desse contraste é claramente refletido nos alarmantes dados acerca da obesidade divulgados pelo Ministério da Saúde: 20% dos brasileiros são obesos, sendo que a taxa entre os jovens aumentou 110% nos últimos dez anos.           Faz-se mister, ainda, salientar que além dos riscos ao bem estar, a gordofobia, bastante presente na atualidade, abala a autoestima e a qualidade de vida da comunidade que se encontra acima do peso. Segundo o ativista norte americano Malcom X, a luta contra o preconceito não é a favor, apenas, da inclusão da parcela marginalizada, mas do reconhecimento da humanidade desta. Isto posto, evidencia-se que a exclusão social também deve ser contundentemente combatida.             Destarte, cabe ao Ministério da Educação reformular o ensino de base, essencialmente tecnicista, de modo a inserir palestras e debates acerca da saúde mental, mediados por especialistas e voltados para o combate a males como: ansiedade e depressão que são, por muitas vezes, os responsáveis pelos excessos na alimentação. Ademais, é importante que o Ministério da Saúde promova campanhas educativas sobre nutrição e atividades desportivas, visando ratificar à população os benefícios de uma vida pautada em condutas saudáveis. Assim, espera-se reduzir, nos próximos anos, o índice de obesidade no país.