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Enviada em: 25/07/2019

O termo "cidadania" refere-se aos direitos dos indivíduos de pertencerem à sociedade e estarem devidamente inseridos nela. Sob esse preceito, o esporte pode representar uma eficaz ferramenta para a efetividade dessa noção. Porém, também atua como reflexo das evidentes adversidades enfrentadas pelo Brasil para alcançar a verdadeira inclusão social.     Primeiramente, é importante ponderar sobre a nítida desigualdade de gênero no esporte. Em comparação às masculinas, as modalidades femininas recebem investimentos e visibilidade significativamente inferiores. Além disso, os salários das atletas, que quase sempre desempenham o mesmo papel que os homens, são muito mais baixos. Essa realidade corrobora o pensamento da filósofa Simone de Beauvoir, que afirma que a humanidade é masculina.      Por outro lado, as práticas esportivas podem ser de extrema eficiência no combate à criminalidade. Uma vez que ajudam a desenvolver a disciplina e o autocontrole, os indivíduos aprendem a manter o foco e a canalizar sua energia para algo produtivo. Ademais, o esporte promove a coletividade e o espírito de equipe, inserindo, desse modo, mais pessoas na vida social. Essa noção é confirmada no filme "A Gangue está em Campo", no qual um treinador monta uma equipe de futebol americano em um centro de reabilitação para menores infratores. Os garotos, que viviam sob constante tensão e desarmonia, começam a apresentar notáveis melhorias em seu comportamento.     Portanto, é essencial que o Ministério do Esporte interceda a favor das modalidades femininas, por meio de um maior investimento em especialização e equipamentos e da equiparação dos salários das atletas aos masculinos. Logo, seria notória uma maior inclusão das mulheres no mundo esportivo e um consequente aumento de sua cidadania. Ademais, o Ministério da Educação e da Cultura deve incentivar a prática de esportes nas escolas, mediante construções de áreas esportivas de qualidade. Assim, a recorrência à ilegalidade diminuiria drasticamente.