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Enviada em: 30/07/2019

Consoante a Constituição Cidadão promulgada em 1988, é dever da Esfera Pública assegurar com efetiva prioridade os direitos fundamentais e inalienáveis ao homem, tais como: segurança, saúde, alimentação, educação, moradia e lazer. No que concerne ao pleno exercício da cidadania, a prática esportiva pode ser uma importante ferramenta para a construção da cidadania em áreas de vulnerabilidade social. Entretanto, as zonas periféricas do Brasil não desfrutam desse privilégio social, decorrente do descaso governamental e da falta de iniciativas sociais. Nesse contexto, deve-se analisar as rezões que fazem dessa problemática uma realidade.     Em primeiro plano, cabe ressaltar que segundo Odir Cunha, ex diretor de comunicação da Secretaria Municipal do Esporte de São Paulo, há uma relação que comprova que falta de áreas de lazer, a ausência de oferta da prática esportiva aos jovens, com o aumento da criminalidade. Desse modo, é notório afirmar que a prática esportiva serve como um recurso de transformação social para os adolescentes, mostrando novas oportunidades, melhores condições de vida e uma possível ascensão social, e os distanciando da criminalidade e até das drogas. Porém, o abandono governamental que as comunidades enfrentam é um grande empecilho para a construção da cidadania. Assim, diante dessa realidade, é indubitável afirmar que a nação brasileira enfrenta um dos maiores entreves a pós-modernidade: a não universalização do pleno exercício da cidadania.     Outrossim, a efetivação dos direitos dos cidadãos confere ao homem uma condição digna de respeito. Nessa perspectiva, o esporte e a efetivação da cidadania encontram-se entrelaçadas, a medida que iniciativas esportivas inspiram oportunidades diferentes daquela que a favela oferece ao jovem desamparado. A mobilização social em torno da uma comunidade com o viés que levar cidadania e assegurar condições de lazer para as crianças, pode ter impactos positivos tanto na educação quanto no desenvolvimento moral, dando a eles dignidade e os inserindo na sociedade. Mas, a falta de iniciativas sociais que estimulem atividade de cunho esportivo em tais indivíduos ainda é um entrave.    Portanto, é imprescindível que atividades de lazer sejam inseridas nas comunidade, com o intuito de assegurar os direitos fundamentais ao homem, assim como delineia a Constituição. Logo, é necessário que a Secretária Nacional de Esporte em parceria com a prefeituras estaduais, desenvolvam um projeto social -esporte e cidadania-, de modo a ser aplicado nas áreas de mais vulnerabilidade social, e com a participação da população local, revitalizar as quadras da Instituição de Ensino mais próxima e, com isso, iniciar treinamentos esportivos com as crianças locais. Nessa conjuntura, importantes avanços serão obtidos para edificar aos cidadãos a democratização do gozo da cidadania.