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Enviada em: 29/07/2019

O Esporte e seu poder de inclusão social       Na sociedade grega, a prática de esportes era um amplo evento, que reunia todos os cidadãos nos dias de jogos. Entretanto, hodiernamente, no Brasil, não há divulgação de práticas esportivas pela sociedade, o que corrobora segregação populacional. Diante dessa perspectiva, é possível observar o prejuízo social causado pela falta de difusão de esportes nas escolas, além da exclusão de deficientes dessa prática.       Nesse contexto, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em cerca de 73,2 % das escolas públicas não possuem quadras poliesportivas, o que prejudica disseminação de esportes nesses locais. Dessa maneira, a falta desse espaço nas instituições escolares, contribui para a desestimulação de atividades esportivas no país, e assim deprecia a cidadania, já que o lazer é assegurado pela Constituição Federal de 1988, e por isso deve ser garantia de todos. Por conseguinte, pode-se dizer que a desvalorização dos desportos, no Brasil, ocorre devido a falta de incentivo governamental à essas práticas.       Além disso, destaca-se a precariedade da disponibilização de ambientes de treinamento para atletas deficientes, além da falta de patrocínio do Governo para que essas pessoas possam treinar para competições nacionais e internacionais. Desse modo, as pessoas portadoras de deficiência ficam sem os recursos necessários para desenvolver suas habilidades esportivas, e assim são segregadas de possíveis campeonatos e Olimpíadas, uma vez que a preparação oferecida não é suficiente para a disputa desses jogos. Logo, o desestimulo financeiro é um grave empecilho para o desenvolvimento esportivo de pessoas com dificuldades físicas, o que acarreta marginalização dessas pessoas na sociedade.       Destarte, medidas públicas são necessárias para difundir a prática esportiva no país. Portanto, cabe ao Ministério do Esporte em consonância ao Ministério da Educação o incentivo de hábitos esportivos, por intermédio da implantação de quadras esportivas nas escolas, para que assim essas instituições sirvam como inspiradores de uma mudança social. Ademais, compete ao Ministério da Fazenda, a construção e o aprimoramento dos centros de treinamento de atletas com deficiência, por meio da destinação de verbas para ocorrência dessas obras, no intuito de inserir essas pessoas no contexto social brasileiro. A partir dessas medidas, será possível diminuir a segregação social existente no país, e assim usar o esporte para unir a população tal como ocorria na Grécia.