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Enviada em: 06/08/2019

Em 1948, a Declaração  Universal dos Direitos Humanos, foi promulgada para regulação dos direitos fundamentais para todo cidadão. Dentre as garantias estipuladas, o acesso ao lazer e esporte é primordial para formação individual e coletiva humana. Entretanto, a ineficácia da regulação do esporte aliado aos demais alicerces do desenvolvimento do individuo e a má administração do potencial brasileiro nas diversas áreas desportistas, impedem que o brasileiro goze de forma plena seu direito.    Em primeiro plano, é necessário compreender que a prática esportiva urge não apenas como prática de exercício físico, abrangendo diversas áreas do desenvolvimento humano social e lúdico. Nesse contexto, países desenvolvidos como os Estados Unidos são exemplos de incentivadores da pratica esportiva associada ao desenvolvimento intelectual da população. O país norte-americano é conhecido pelo alavancamento acadêmico associado ao esporte, com políticas de fornecimento de bolsas de estudos aos atletas. Em contrapartida, o cenário brasileiro demonstra caminhar em sentido oposto: conforme estudos demonstrados na pesquisa acadêmica 'A formação do jogador de futebol e a sua relação com a escola', do professor Otavio Balzano, é evidente a despreocupação com os estudos e formação técnica profissional. Dessa forma, a não ascensão profissional no esporte de jovens pode contribuir para marginalização e no alto índice de desemprego.    Além disso, o imenso foco nas práticas esportivas populares  também contribui para o não acesso de toda a população nas diversas modalidades existentes. Por conta disso, o Brasil perde inúmeros praticantes que não se enquadram ou não tem interesse nos esportes convencionais, dessa forma, contribuindo para o alto índice - 47% dos brasileiros -  de sedentarismo da população, conforme indica a Organização Mundial da Saúde. Ainda assim, mesmo com o enfoque absoluto em esportes populares como o futebol, as estruturas públicas para prática do desporto são precárias e quase inexistentes: 60% das escolas públicas brasileiras sequer contam com quadra esportiva, de acordo com o Censo Escolar de 2017.   Impende, pois, que a pratica esportiva torne-se aprimorada em todos os seus aspectos. Nesse sentido, se faz necessário o acompanhamento educacional dos atletas pelo Estado, representado pela ação do Conselho Tutelar, da família e organização esportiva vinculada, garantido bom rendimento acadêmico, revelando e impondo a necessidade de formação acadêmica e técnica para garantia profissional. Ainda assim, é necessário que Prefeituras em parcerias com escolas e pastas superiores de esportes busquem a divulgação midiática de práticas esportivas não convencionais e de prática facilitada, para que abranjam um número maior de praticantes e não exija altos custos de implantação,