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Enviada em: 14/08/2019

O lamarckismo assegura que o ambiente determina e modifica o ser. De maneira análoga, a brasileira Rafaela Silva, nasceu e conviveu ao lado da violência e da miséria do Rio de Janeiro, ou seja, um meio propício à falta de oportunidades. No entanto, foi no esporte que a judoca superou esse determinismo social e se consagrou campeã olímpica e mundial. Com efeito, nota-se o poder do esporte em transformar vidas tanto no que se refere à saúde física quanto à construção da cidadania entre os indivíduos.         Em primeiro plano, as origens dos jogos Olímpicos na Grécia Antiga tinham como preceito a valorização do corpo saudável. Entretanto, na contemporaneidade, com o advento da tecnologia, houve mudanças significativas na rotina dos brasileiros, dessa forma, as atividade físicas e o cuidado com a corpo ficaram para trás. Nesse sentido, é incontrovertível que a prática de esportes é altamente recomendada em prol da saúde humana e, que se não desenvolvida pode ocasionar problemas nefastos ao organismo como doenças cardíacas e sobrepeso. Assim, enquanto o legado dos jogos gregos for omitido, o brasileiro será obrigado a conviver diariamente com um dos maiores entraves da saúde pública: o sedentarismo.         Por outro plano, a Constituição Federal de 1988 assegura que é dever do Estado em fomentar práticas desportivas formais e não formais. Entretanto, essa iniciativa ainda não aconteceu, haja vista o precário estímulo às ações esportivas em todo o Brasil. Tal fato fica comprovado pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que revelaram em 2017 que cerca de 40% da população brasileira praticam esporte ou atividade físicas. Sob esse viés, observa-se que o esporte somado à educação corroboraram para uma perspectiva positiva do cidadão, haja vista o desenvolvimento da disciplina e do respeito. Todavia, enquanto o baixo fomento à prática esportiva persistir, a formação plena do indivíduo será impossibilitada.         Mediante ao elencado, fica evidente que o esporte o esporte transforma completamente o ser. Sendo assim, o Ministério da Saúde, por meio da televisão e internet, compete viabilizar conteúdos que incentivem a realização de atividade físicas e que mostrem os riscos do sedentarismo ao corpo humano, a fim de possibilitar que a sociedade busque um estilo de vida saudável. Ademais, o Ministério da Cidadania, mediante projetos e ações sociais, devem alcançar e atrair alunos para o exercício desportivo em escolas e comunidades consideradas marginalizadas, com o objetivo de democratizar o acesso ao esporte que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Dessa forma, tal como Rafaela Silva, inúmeros brasileiros poderão ter suas vidas transformadas.