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Enviada em: 16/09/2019

Esporte, a arte de ensinar o corpo a realizar movimentos complexos, a inserir força, a velocidade ao mesmo tempo em que há técnica. Ensinar a mente a suportar cobrança, raiva, felicidade, tristeza, uma chuva de emoções em um único jogo, uma única partida. Por trás de tudo isso há uma pessoa, seja ela branca, negra, parda... Seja de classe social alta, média ou baixa. Seja homem ou mulher. Seja criança, adolescente ou adulto. Quando se trata de esporte, etnias se misturam, idades, culturas, pessoas que antes, aparentemente, não possuiriam nada em comum, se abraçam para comemorar um gol.        Brasil, o mundialmente conhecido "país do futebol", leva essa fama pelo seus atletas, pelo jeito diferente de jogar bola, pela alegria dos jogadores dentro e fora de campo. Mas há um detalhe que sempre chama muita atenção e que é extremamente abordado pela mídia: as histórias de pobreza, miséria e abandono que antecederam a vida, hoje gloriosa, da maioria dos jogadores brasileiros. Tais fatos de vida, muitas vezes, resultam em documentários, reportagens e até mesmo livros. Essas histórias são de certa forma uma jogada de marketing, valorizando o jogador frente ao público e claro, visando certo lucro.        Entretanto, mesmo com a questão publicitária por trás destas histórias, há também a oportunidade de avaliar o poder de mudança que o esporte tem na vida dos jovens brasileiros, não só no futebol, mas também em modalidades menos conhecidas pelo público brasileiro. Jovens que antes não tinham condições de adquirir o material esportivo necessário, hoje, conseguem ajudar outros jovens iniciantes a realizarem o sonho de competir em alto nível, seja regional, nacional ou mundial. Infelizmente o esporte, principalmente se não for futebol, ainda é muito subestimado em território brasileiro, falta investimento, seja no material esportivo, seja em quadras, campos piscinas e ginásios, seja na falta de professores e treinadores qualificados assim com a ausência de um acompanhamento psicológico e emocional.        Em virtude do que foi mencionado, é clara a necessidade de maior apoio para os atletas brasileiros, muitos atletas, hoje conhecidos mundialmente tem seus próprios projetos de incentivo ao esporte, visando uma vida melhor aos jovens que mesmo não seguindo carreira no esporte, estarão jogando em seu tempo livre ao invés de estarem nas ruas sob influencia de drogas e da bebida. O Ministério da educação poderia facilmente mapear projetos sociais influenciadores do esporte e fazer uma divulgação nos bairros e comunidades informando os projetos mais próximos. Também, buscando parcerias com mais atletas profissionais que possam auxiliar no desenvolvimento de novos projetos, dando a oportunidade de uma vida melhor e mais chances aos jovens, principalmente de baixa renda.