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Enviada em: 23/05/2017

Infelizmente, a desigualdade social e a gravidez na adolescência são os fatores que mais contribuem para evasão escolar. Pouco mais da metade da população hoje é negra e pobre, isso muda as características sociais que os professores encontram nas salas de aula. Em uma pesquisa da Instituição Unibanco, é possível verificar que a o número de jovens que concluem o ensino médio até os 17 anos, passou de 5% em 2004 para 19% em 2014, isso ainda é pouco significativo, quando comparado aos adolescentes que não estão nas salas de aula.Porque segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1,3 milhões de estudantes entre 15 e 17 anos estão fora da escola, desde 52% são negros e provenientes de famílias de baixa renda. De modo infeliz a desigualdade social escolhe quem vai permanecer nos colégios, uma vez que muitos tem que parar de estudar para trabalhar e ajudar a família financeiramente. Quanto maior a renda maiores são as chances de dar sequência na vida acadêmia de um jovem. Em 2013, o Brasil tinha cerca de 5,2 milhões de meninas de 15 a 17 anos dessas 257.312 não estudam nem trabalham, segundo o Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o que é trágico. Ademais, segundo a legislação brasileira o ensino fundamental é obrigatório para crianças de 6 aos 14 anos, dando ao Estado e as família a responsabilidade de garantir que esse menor permaneça na escola. A educação no Brasil sempre selecionou um padrão da população, brancos e de classe média para cima, para estudar excluindo pobres e negros essa parcela de indivíduos do âmbito acadêmico e infelizmente muitas escolas não estão sabendo lidar com esse novo perfil de aluno, que é a realidade brasileira. Muitos desses jovens oriundos de famílias desestruturadas o que afeta diretamente a vida escolar, fazendo com que ele pare de ir à escola. A maioria dos colégios encontram- se em calamidade total, falta instrutura, merenda, professores e os que estão tentando ensinar acabam sendo desmotivados por esses fatores e consequentemente os alunos também são desmotivados.  Uma vez que o perfil dos alunos mudou, o Estado poderia criar um plano de educação que atenda a realidade de todos os jovens, independente da raça ou classe social. A criação de esportes e projetos culturais dentro das escolas pode atrais e até e mesmo garantir a permanência dos estudantes nas instituições. O governo e a escola, além de capacitar os professores e juntá-los a uma equipe com psicólogos e assistentes sociais para que a escola assim ultrapasse seus muros  e olhasse mais para o que realmente esta por trás da evasão escola, aproximando a família da escola. Em Contagem- MG, por exemplo, professores estão indo até as casas de alunos com baixo rendimento, isso diminui 92% do número de evasão escolar e aumentou em 64% o rendimento dos estudantes em 50 escolas da cidade.