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Enviada em: 25/05/2017

Ensinar: uma arte adaptável   Historicamente, com o Brasil agrário, filhos eram obrigados por seus pais a abandonarem a escola para ajuda-los nos afazeres rurais. Embora o país tenha rumado às cidades, tal prática evasiva constitui um grande problema para a sociedade hodierna, visto seus efeitos. Nesse sentido, convém perscrutar soluções que visem à presença absoluta dos jovens em seus colégios.    Com efeito, cumpre reiterar que há um ciclo familiar, porém, vicioso, que praticamente exige do adolescente o abandono da discência. Isso porque existe uma relação proporcional entre escolaridade e renda; esta aumenta à medida que aquela também o faz. Desse modo, haja vista os dados do IBGE, segundo os quais, metade da população adulta não possui o ensino fundamental completo, a carente formação formação dessa parcela da sociedade implica baixos salários para a sustentação da família; é vista, então, nos filhos, a oportunidade de contornar a situação. A família, todavia, não é a única responsável por isso.      As escolas e o Estado, na mesma problemática, têm responsabilidade, sobretudo no que tange à inépcia em manter a o interesse do aluno no aprendizado e nos seus ganhos com isso. Numa sociedade regida pelo imediatismo capitalista, supervaloriza-se ações com efeito em curto prazo; o jovem vê-se atraído por essa possibilidade, potencializada pelo desapreço àquilo que lhe é ensinado no colégio, e vira vítima da evasão escolar. Sendo assim, devido a grades curriculares obsoletas e com pouco apelo pragmático, o Brasil continuará a sofrer com o êxodo em locais de ensino e não usufruirá do melhor instrumento de mudança, consoante Rousseau: um corpo social consciente e qualificado.      Resta evidente, destarte, que o futuro da sociedade insta a presença jovial nos colégios. Nesse contexto, a fim de prevenir a necessidade de evasão escolar e de elidir a espiral desvirtuada que ruma a isso, é mister o incremento dos programas sociais já vigentes, como o bolsa família, além de uma fiscalização mais rija do cumprimento das premissas básicas dessa assistência governamental: a frequência escolar. É também fundamental a revisão e atualização, por meio dos Ministérios da Educação e da Cultura, dos conteúdos a serem lecionados, bem como do modelo de o fazer, de sorte a adaptar a arte de ensinar às necessidades dos estudantes e ao contexto das escolas.