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Enviada em: 29/05/2017

Paulo Freire defendia que a escola tinha a missão de desenvolver a curiosidade, o espírito investigador e a criatividade dos alunos, não devendo acomodá-los ao mundo existente. Porém não é que ocorre na educação convencional brasileira, já que atualmente mais de 1 milhão de jovens estão fora da escola e fatores como a mecanização da educação e a falta de investimento contribuem para manter esse número tão elevado. Inicialmente, convém analisar os mecanismos que permitem o ensino artificializado. A Constituição Brasileira estabelece a educação como um direito básico do cidadão, porém não prevê detalhadamente como deve ser disponibilizada. É importante ressaltar que a educação não se limita ao conteúdo passado dentro da sala de aula e envolve aspectos artísticos, sócio-culturais e esportivos que devem ser desenvolvidos para aprimorar a capacidade de compreensão e a criticidade dos jovens. Porém, atualmente as escolas se restringem à aulas monótonas, que desestimulam o aprendizado por parte do aluno.  Aliado a isso, a falta de investimento na infraestrutura e em novos projetos pedagógicos visam a piorar o quadro, principalmente nas regiões periféricas. Escolas distante de casa, falta de transporte escolar, merenda com baixa qualidade, professores mal preparados e falta projetos que estimulem a cultura como excursões temáticas, teatro, feiras e espetáculos influenciam diretamente na crescente evasão escolar. Em 2016, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC 241, que limita os gastos públicos com a educação pelo próximos 20 anos, agravando ainda mais a situação.  Portanto, para amenizar a situação, o Ministério da Educação deve promover programas de atualização da grade curricular e investir em infraestrutura e modernização das escolas, e com apoio dos professores, pais e coordenadores, desenvolver projetos sócio-culturais para o enriquecimento do aprendizado dos alunos. Outras medidas devem ser tomadas para minimizar o impasse e, assim, se fazer valer o pensamento de Paulo Freire.