Materiais:
Enviada em: 31/05/2017

Paulo Freire defendia que a escola tinha a missão de desenvolver o espírito investigador e a criatividade dos alunos, não devendo acomodá-los ao mundo existente. Porém, não é o que ocorre na educação convencional brasileira já que, atualmente, mais de 1 milhão de jovens estão fora da sala de aula e fatores como a mecanização da educação e a falta de investimento contribuem para manter esse número tão elevado.  Inicialmente, convém analisar os mecanismos que permitem a artificialização do ensino. É importante ressaltar que a educação não se limita ao conteúdo passado em classe e envolve também aspectos artísticos, sócio-culturais e esportivos que devem ser desenvolvidos para aprimorar a capacidade de compreensão e a criticidade dos jovens. Contudo, atualmente, as escolas se restringem as aulas monótonas, que desestimulam o aprendizado por parte do aluno.  Aliado a isso, a falta de investimento na infraestrutura e em novos projetos pedagógicos visam a piorar o quadro. Escolas distantes de casa, falta de transporte escolar, merenda com baixa qualidade, professores mal preparados e falta de projetos que estimulem a cultura, como excursões temáticas, teatro, feiras e espetáculos, influenciam diretamente na crescente evasão escolar. Além disso, em 2016, a Câmara dos Deputados aprovou a PEC 241, que limita os gastos públicos com educação pelo próximos 20 anos, agravando ainda mais a situação.  Portanto, para amenizar a conjuntura, o Ministério da Educação deve promover programas de atualização da grade curricular, promovendo a humanização das relações professor/aluno e trabalhar aptidões individuais de forma lúdica. Ademais, ONGs, em apoio a Secretaria Municipal de Educação podem desenvolver projetos sócio-culturais para o desenvolvimento intelectual dos alunos, pais e membros da comunidade. Assim, pode-se fazer valer o pensamento de Paulo Freire e promover uma educação de qualidade a todos.