Enviada em: 11/06/2017

Segundo o filósofo  Kant, o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Tal ideia ratifica a relevância desta para a sociedade apesar de, no Brasil, a evasão escolar ainda ser alta e a realidade de certas escolas ser precária. Fatores de ordem histórica e social caracterizam a problemática.      Com o histórico escravista e de marginalização do negro, não houve no país o incentivo ao estudo. Muitos dos negros libertos continuaram discriminados e não foram inseridos socialmente, dificultando o acesso desses à escola e sua ascensão social. Dessa forma, durante muito tempo apenas os filhos de pais com maiores condições financeiras podiam estudar, o que levou ao aumentou das desigualdades sociais. Tal fator pode ser ratificado pela tardia obrigatoriedade do ensino primário, apenas durante o governo de Getúlio Vargas.      Outrossim, o ambiente e a classe social do aluno influencia na possibilidade de sua evasão escolar. Crianças e jovens que vivem em lugares de maior risco social e que precisam ajudar financeiramente a família são mais propensos a abandonar os estudos, por motivos como gravidez precoce, trabalho, entre outros. O determinismo, ciência que afirma que o homem é fruto do meio, corrobora isso. Logo, é necessário medidas direcionadas para a situação dos alunos.      É notória, portanto, a importância de fatores de cunho histórico e social na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo, por intermédio de suas organizações responsáveis, o papel de facilitar o ingresso das crianças nas escolas. Tal medida pode ser efetivada pelo investimento em transportes próprios para os alunos que precisam, bem como na estrutura dessas instituições, as quais muitas vezes não são adequadas para abrigar a quantidade de jovens. Além disso, é fundamental que a própria escola promova suporte aos estudantes e suas famílias a fim de evitar que os filhos desistam de estudar. Para isso, é necessário diálogos com as crianças que apresentam queda nas notas e união entre escola e família.