Materiais:
Enviada em: 03/07/2017

Embora o direito a educação seja um direito social, inserido dentre os fundamentais do homem na Constituição, apregoado como meio certo para a conquista de uma efetiva igualdade e liberdade do cidadão, o número de crianças e adolescentes fora da sala de aula é crescente, e a necessidade de intervenção visando combater esse problema é uma meta a ser alcançada. É importante saber que não basta apenas criar e aplicar programas sociais em prol da permanência dos estudantes na escola, mas é preciso conhecer os resultados desses programas e como a comunidade envolvida se beneficiou. São reconhecíveis os esforços feitos pelo governo nas últimas décadas, desenvolvendo e aplicando programas voltados para as camadas menos favorecidas da sociedade brasileira; no entanto, deve-se atentar para o fato de que nem sempre tais programas são acompanhados, e, consequentemente, o número de crianças e adolescentes evadidos da sala de aula tem aumentado de acordo com a realidade social a que o aluno pertence. É necessário não somente aplicar, como acompanhar  de maneira ampla e contínua os programas já criados e amparar social, psicológica e economicamente cada envolvido nessa problemática, seja aluno, professor, sociedade e  / ou família.      Percebe-se que em cenários mais fragilizados socialmente a evasão escolar é maior, ou seja, quanto menor a renda familiar, maiores serão as dificuldade de inserção à escola por parte do indivíduo. Ademais, a escola é uma instituição com significativa influência na vida dos cidadãos e da sociedade. As crianças (desde a mais tenra idade), os adolescentes e os jovens permanecem um largo período de suas vidas no interior de uma instituição escolar, para onde levam as suas expectativas, as suas dificuldades e suas esperanças. Com efeito, pode-se afirmar que a escola é um espaço social caracterizado pela presença de situações diversas, provocadas pelo modo de vida em sociedade, que se conflituam no cotidiano escolar. Historicamente, a evasão escolar no Brasil permeia as discussões, as reflexões e os debates no âmbito da educação, uma vez que, até os dias de hoje, essa temática tem sido notória como uma manifestação da questão social na sociedade capitalista brasileira.         Em face disso, destaca-se que a educação não tem sido plena para todos os cidadãos, dos quais alguns, por fatores econômicos, principalmente, não concretizam o acesso ao direito de concluir os níveis básicos de escolaridade. Esse problema representa uma importante expressão da questão da exclusão e invisibilidade social, pois a interrupção do aluno na sua trajetória escolar gera uma série de prejuízos, tanto para sociedade civil quanto para si mesmo, pois se tornará um trabalhador sem qualificação, mal remunerado, à mercê do desemprego e com baixíssima qualidade de vida. E, assim, esse modelo é reproduzido em um ciclo vicioso,  passado de geração em geração.