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Enviada em: 09/07/2017

A evasão escolar é um problema recorrente na educação brasileira, principalmente nos últimos anos de ensino. Mais de um milhão de jovens não concluem seus estudos no tempo hábil. As causas estão relacionadas com a pobreza, necessidade de inserção antes do tempo no mercado de trabalho e más condições das escolas. O certo é que a realidade brasileira contribui para o alto índice de evasão escolar, uma vez que as condições econômicas dos alunos e a ausência de uma parceria entre escola e famílias levam ao abandono dos estudos precocemente.      Em primeiro lugar, a baixa renda familiar obriga muitas crianças e adolescentes a começarem a trabalhar mais cedo. Segundo estudos, quanto menor a renda familiar, maior é a probabilidade que os filhos não prossigam com seus estudos. Essa tendência relaciona-se com a necessidade de contribuição financeira ou auxílio nos afazeres domésticos em complementação ao serviço dos pais: uma situação comum no Brasil. Sem dúvidas, dificuldades econômicas podem induzir ao abandono precoce dos estudos.       Em segundo lugar, a educação brasileira não busca ampliar os laços de diálogo e entendimento em relação aos motivos que implicam na evasão escolar. O modelo de educação que supervaloriza o conteúdo, pode implicar no abandono fácil diante de dificuldades de aprendizado ou pessoais. A falta de discussões e convivência entre família e escola impede o reconhecimento e acompanhamento de problemas de caráter emocional. Certamente, a pouca participação das escolas na vida dos seus alunos contribui para esse cenário educacional.        É claro que existem dificuldades para a redução desse índice. Em relação ao primeiro problema, situações de pobreza exigem grandes transformações e auxílio do poder público. Assim como, mudar o sistema de ensino requer tempo e investimentos na capacitação dos profissionais. Mas essas dificuldades não se sobrepõem à necessidade de mudança desse quadro.       A realidade brasileira é determinante para os altos índices de evasão escolar. Para reverter esse cenário, é preciso ampliar os meios de diálogo entre alunos, escolas e famílias. As instituições de ensino possuem o dever de dedicar todos os esforços para manter seu corpo discente. Mais profissionais de pedagogia e psicologia devem estar aptos a reconhecer situações de vulnerabilidade ao abandono. O Governo deve ampliar os programas sociais de auxílio transporte e alimentação para alunos de baixa renda. Dessa maneira, a educação avança e o Brasil terá mais oportunidades de desenvolvimento.