Enviada em: 30/06/2017

Conforme está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), todo jovem tem direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa. Nesse sentido, apesar de amparado pela lei, o menor está se afastando do caminho escolar e optando por novos anseios.    É válido ressaltar que o desinteresse em frequentar o ensino regular, principalmente em escolas públicas, é observado na maioria dos estados brasileiros, constituindo uma barreira para o progresso educacional do país. Nesse âmbito, levantamentos e pesquisas, como a promovida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) estão sendo feitas para tentar compreender o porquê dessa anomalia. Tal pesquisa apresentou resultados alarmantes, pois quase a metade dos entrevistados disse ter abandonado os estudos por falta de interesse. Uma grande parcela alegou que era impossível vincular trabalho com estudos e, o menor grupo exclamou que tinha dificuldades no trajeto a escola.    Ainda, convém lembrar que o jovem está cada vez mais engajado a entrar precocemente no mercado de trabalho em busca de autonomia, desejo de adquirir bens e também por necessidade. No entanto, isso se torna um problema a partir do momento em que não há consenso entre as atividades, resultando, na maioria dos casos, no abandono do ambiente escolar por conta do cansaço e pela falta de tempo. Em outros casos, observados principalmente em áreas rurais e periferias de grandes cidades, o adolescente não frequenta a escola por esta se localizar a grandes distâncias de sua casa.    Com base no exposto, cabe à direção escolar realizar parcerias com as secretarias de educação e transporte, visando a elaboração de aulas dinâmicas, com a maior participação dos alunos na programação e, a reestruturação do transporte escolar, com o objetivo de atender e levar o ensino gratuito para todos as criança e adolescentes do Brasil. Ademais, visitas promovidas pela escola devem ser feitas à casa do aluno para conversas com os pais, com o objetivo de reintegrar o jovem na educação.