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Enviada em: 07/07/2017

Na obra cinematográfica 'Escritores da Liberdade', Richard LaGravenese retrata a história de alunos, desfavorecidos socialmente, que frequentam uma escola do século XXI, mas com um modelo anacrônico que não atende as necessidades daquele grupo social. Nesse sentido, atualmente, a falta de modernização e adequação do ensino à realidade sócio-cognitivo dos indivíduos tem sido o principal motivador do desinteresse aos estudos e da evasão escolar. É imprescindível considerar que, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), no Brasil, mais de 2,8 milhões de jovens encontram-se fora das escolas. Isso porque as diretrizes educacionais não são desenvolvidas com base na realidade social na qual o cidadão está inserido. Desse modo, o público infanto-juvenil que desconhece a importância dos estudos, ao adentrar em uma escola onde a forma de ensino não dialoga com o seu convívio social, ficará diante da abstração da instrução, desestimulado de prosseguir naquele processo pedagógico. Outrossim, a carência de modernização do ambiente escolar detém um vultuoso potencial de afastar os estudantes. Ao passo que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as escolas brasileiras contam em média com um computador para cada 34 alunos. Assim, a escassa conversação da escola com a tecnologia e, consequentemente, com o dialeto do jovem, torna esse meio acadêmico, a cada dia mais desinteressante, uma vez que os meios de comunicação oferecem um conhecimento instantâneo e mais dinâmico aos alunos. Fica claro, portanto que o ensino brasileiro deve passar por um profundo processo modernizador. Dessa forma, o Ministério da Educação deve flexibilizar as diretrizes educacionais, repassando a elaboração das grades educativas para cada secretário educacional municipal, para que o sistema de ensino seja desenvolvido visando a necessidade e a realidade social dos cidadãos de cada região. Além disso,os professores devem encontrar meios mais didáticos para que haja a aproximação do aluno ao meio escolar, utilizando, por exemplo, da intertextualidade entre filmes e músicas do meio infanto-juvenil com a matéria que está sendo explicada, a fim de que a transmissão do conhecimento torne-se mais dinâmico, palpável e intrigante aos estudantes.