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Enviada em: 05/07/2017

No decurso dos últimos anos o número de jovens concluintes do ensino médio na idade certa -17 anos- aumentou, de 5% em 2004 para 19% em 2014, segundo o IBGE, entretanto o Brasil ainda apresenta 1,3 milhões de adolescentes que não concluíram o ensino médio. Essa realidade preocupante mostra como os menores estão sendo vítimas de certas situações, acarretando em diversos prejuízos à vida daqueles. Logo, é preciso que medidas sejam tomadas para mudarmos essa realidade incontestável.   Isso posto, é importante destacar que as crianças e os adolescentes que se limitam a concluir o ensino são, em sua maioria, de baixa renda ou de zonas rurais. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), grande parte dos jovens que abandonam a escola são oriundos de famílias com renda per capita inferior a 1 salário mínimo, o que explica o fato de uma das causas da evasão escolar -a partir do 6º ano- ser para se inserirem no mercado de trabalho e auxiliar na renda doméstica. Acrescentando-se ainda, a causa de muitas crianças da zona rural evadirem da escola, se deve ao fato destas serem muito distantes de suas casas e não haver ônibus escolar suficiente, concebendo na escolha por retirar os filhos da escola. Outrossim, um fato que está intrínseco à evasão escolar é a gravidez precoce, muitas adolescentes gravidas abandonam a escola e não retornam mais aos estudos.   Nesse contexto, fica claro que tal situação fere os Direitos Humanos, pois está previsto neste que toda pessoa tem direito à educação básica, além disso surgirão graves consequências na vida desses menores. A falta de ensino básico e médio afetará a vida profissional desses futuros adultos, visto que a entrada no mercado de trabalho exige, no mínimo, ensino médio completo ou formação técnica/superior; por conseguinte esses adultos dirigir-se-ão para setores com menos exigência e tornar-se-ão parte da mão de obra pouco valorizada e sucateada do nosso país, mantendo a estrutura social vigente na atualidade e, consequentemente, a evasão escolar.   Portanto, é necessário que esse quadro mude, para isso é preciso uma ação conjunta entre escola, pais e governo: a escola e os pais devem ensinar aos adolescentes sobre os métodos contraceptivos, para evitar a gravidez indesejada, haja vista que essa assunto ainda é pouco abordado; devem estimular a estudar, mostrando a importância, por meio de exemplos de pessoas que superaram as dificuldades por intermédio dos estudos. Concomitante, o governo deve investir na fabricação de ônibus escolares e os direcionar para locais mais necessitados. Por fim, o Ministério do Trabalho deve ampliar os programas como Jovem Aprendiz para que os jovens que precisam trabalhar não saiam da escola.