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Enviada em: 27/06/2017

As crianças começam a ser exploradas na Europa, inicialmente de maneira doméstica, auxiliando seus pais nas tarefas campesinatas. Depois, no século XVIII, ajudam a compor a mão de obra fabril e precária demandada pela Revolução Industrial, em consequência dessas transformações surgem as reivindicações pelos direitos dos trabalhistas e mais tarde infantojuvenis. Esses que hodiernamente ainda não estão concretizados no Brasil, como a salvaguarda a constância escolar. Isso fica evidente na presença de dificuldades sociais, econômicas e de despreparo dos profissionais da educação acerca da importância da participação e frequência do aluno.                 No que se refere a evasão escolar, figuram vários motivos, dentre eles: a baixa renda familiar, o desinteresse, a gravidez, o mau desempenho e até mesmo as doenças crônicas, nas quais o indivíduo carece de cuidados especiais, muitas vezes não fornecidos pela instituição de ensino. Tais impedimentos, de acordo com o Censo Escolar, fazem com que cerca de 3 milhões de crianças e jovens brasileiros fiquem fora da escola. Desestimuladas e sem a formação fundamental e média, futuramente terão empregos com baixos salários e de fácil substituição, podendo ainda serem manipuladas.            Outrossim, é importante salientar que os membros do educandário, como professores e diretores, não são instruídos a se aproximarem do aluno, tornando a educação mais mecânica do que humanitária, o que prejudica a comunicação com os discentes. Essa situação, em algumas escolas públicas de Minas Gerais, reverteu-se, docentes se transformaram no elo entre colégio e casa, visitam alunos faltosos ou aparentemente com problemas, levando auxílio educacional, médico e psicológico quando necessários. Com isso conseguiram reduzir em 84% a evasão, segundo o noticiado pela Folha de São Paulo.             Faz-se imprescindível, destarte, a constituição de um maior vínculo entre profissionais da educação e parentes do estudante. Sendo assim, a escola poderia se reunir com os pais do educando e discutir sobre as urgências do mesmo a fim de erradicar possíveis razões para "fuga" da escola. Além disso, ao Ministério da Educação caberia criar diretrizes para serem aplicadas pelos educadores, de modo a aproxima-los dos alunos, como no projeto mineiro. Por fim, para casos mais graves a atuação do Conselho Tutelar e da Assistência Social é crucial para preservar a garantia dos direitos da criança e do adolescente.