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Enviada em: 27/06/2017

De acordo com o IBGE, cerca de 1,3 milhão de brasileiros com idade entre 15 e 17 anos deixaram os estudos sem ter concluído o ensino médio. Tal estatística revela a gravidade da questão da evasão escolar que é um dos maiores desafios a serem enfrentados pelos países subdesenvolvidos, e que está presente em todas as regiões do Brasil. Por isso, é fundamental a criação de medidas para a inversão desse cenário que afeta o país tanto socialmente como economicamente.   O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que o alto índice de faltas sem justificativa nas escolas é uma infração, sendo os pais e/ou responsáveis passíveis de serem punidos. Contudo, na realidade brasileira, muitos alunos de baixa renda são obrigados abandonar os estudos para trabalhar, pois precisam ajudar financeiramente em casa. Logo, por conta da evasão, perpetua-se o baixo nível de educação entre as famílias mais pobres, que continuarão sendo as mais marginalizadas pela sociedade por isso.   Além disso, há o desinteresse dos estudantes pela escola, que afasta milhares desses dos estudos. Tal fato deve-se, muitas das vezes, pela precariedade das instituições públicas de ensino, onde, frequentemente, os professores faltam, o transporte é ineficiente e a qualidade da alimentação fornecida é péssima.   Em busca de mudar essa realidade, é indispensável que os governos estaduais e municipais ofereçam vagas suficientes e estrutura (transporte, ensino de qualidade e alimentação) necessária para viabilizar a ida e a frequência dos alunos no ambiente escolar. Ademais, os responsáveis dos jovens em idade escolar deverão ser punidos através de multas mensais até matricularem seus filhos em alguma instituição. Em caso de alunos de baixa renda, é preciso ampliar os programas assistencialistas, como o Bolsa Família, por exemplo, no intuito de diminuir os índices de evasão escolar de jovens que largam os estudos para trabalhar.