Enviada em: 04/07/2017

Irresponsabilidade ou falta de oportunidades?    A evasão escolar ainda é um problema existente que fere os direitos da criança e do adolescente. Apesar de seus números virem decrescendo, a porcentagem de casos mostram que a realidade brasileira se encontra em estado deplorável quanto à educação, e o perfil dos estudantes que largam as escolas esclarece que isso é resultado da desigualdade social, que gera famílias mal estruturadas, com baixa renda mensal.     Pesquisas realizadas pelo Aprendizagem em Foco mostram que quanto maior a renda mensal, mais os estudantes avançam nos estudos. E a relação direta entre evasão escolar e renda familiar ocorre pelas dificuldades encontradas parar concluir o ensino médio, ou até mesmo o fundamental por famílias sem boa estrutura financeira. Falta de transporte para ir à escola, pouco interesse, e mais de uma repetência são fatores que influenciam bastante na decisão do aluno de largar os estudos. Mas, sair do colégio para começar uma jornada de trabalho que ajude a pagar as contas da casa, é o maior motivo pelo qual jovens decidem não concluir o ensino médio.     O crescimento precoce desses estudantes os levam a ter atividades que parecem mais importantes que estudar. Mesmo sendo contra a lei, milhares de menores trabalham diariamente o que resulta em pouca frequência, e cansaço na hora da aula. A gravidez na adolescência é outro motivo pelo qual meninas evadem o colégio. Obter responsabilidades adultas dificulta o interesse e a frequência nas aulas, criando um subgrupo vulnerável, que terá alta probabilidade de inserção precária no mercado de trabalho.      O investimento na educação infantil é necessário para os alunos aprenderem desde cedo que os estudos tem resultado a longo prazo. A fiscalização no cumprimento do direito de concluir o colégio pelo Estatuto da Criança e do Adolescente com multas caso não estejam sendo devidamente cumpridas é uma forma de diminuir gradualmente a evasão escolar .