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Enviada em: 29/06/2017

Não é de agora que o Brasil enfrenta sérios problemas com a educação. A construção da nação brasileira foi acompanhada de desigualdade sociais, políticas e econômicas. Desde as eleições ao acesso às escolas, valia o direito censitário. Tal fato contribuía para a formação de uma camada social significativa de marginalizados e analfabetos que não encontravam outras saídas senão o trabalho desqualificado ou a criminalidade para se manterem vivos. Hoje, apesar das conquistas, entre elas, o direito à educação, ainda temos um percentual alto de jovens e adultos fora da escola. Por quê? O mercado de trabalho oferece amplas vagas para indivíduos de 14 à 24 anos. Isso garante que jovens carentes ajudem no sustento de suas famílias  pelas quais, em sua maioria, são a favor da empregabilidade dos seus filhos (muitas vezes por falta de alternativas). Porém, as consequências disso podem ser graves quando esses adolescentes estacionam os estudos devido a falta de tempo ou mal acompanhamento com os conteúdos dados em sala. Mais grave se tornam quando abandonam suas escolas.  Existem outras situações que contribuem para a evasão escolar. Tem-se a gravidez precoce que leva meninas a possuírem o papel de mães em detrimento de estudantes. A  distância das escolas de seus alunos, devido a falta de recursos como o transporte. Há a baixa verba oferecidas para determinadas cidades pouco desenvolvidas e mal administradas que acarreta à escassez de escolas. Outra causa, não menos importante, é a inclusão desses menores no mundo das drogas e do crime. Um país se constrói com homens e alunos, disse Monteiro Lobato. Dessa forma, para alcançarmos uma nação educada, é preciso começar por elementos que possibilitem a fixação de jovens nos  centros educacionais. A começar pela ação  dos setores do governo nas políticas de contrato por empresas, de forma que estas estejam atentas na flexibilização da carga horário dos estudantes. Também se faz necessário o fornecimento de maiores verbas por administradores de cidades para melhor qualidade de ensino dentro das salas de aula. ONGs e campanhas podem colaborar na conscientização  de adolescentes sobre a necessidade de se manterem ativos nos estudos evitando formas que os impeçam disso como a gravidez e as drogas. Como disse Voltare "A leitura engradece a alma". Assim, não podemos negligenciar essa  grande lacuna, o futuro dessas pessoas. Tentar apagar as "pisadas" do passado - que deixaram marcas- com leis e direitos apenas no papel, sem integrá-las no cotidiano do cidadão brasileiro é como costurar uma ferida sem linha.