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Enviada em: 30/06/2017

Quando o filósofo brasileiro Paulo Freire afirma “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, reflete uma realidade brasileira, em que, a evasão escolar é frequente, o que compromete não só a formação intelectual das crianças como também a social. A respeito disso, nota-se que fatores sociais, psicológicos e educacionais contribuem para que tal problemática ocorra.        Em primeiro plano, é notório que fatores socioeconômicos implicam na participação escolar dos jovens. Devido à falta de subsídios econômicos muitas crianças e adolescentes ingressam no mercado de trabalho precocemente, o que infringe seu Direito de proteção à infância e prejudica o seu desempenho escolar os afastando das salas de aula. Além desse fator, muitas instituições escolares possuem difícil acesso, com vagas limitadas e frequentemente com transporte em situação precária que não atendem a sociedade de maneira uniforme.        Convém lembrar ainda que, não apenas os fatores socioeconômicos, como também os psicológicos associados aos sociais são causas do abandono escolar. Nesse sentido, o bullying também é um motivo para que tal problemática ocorra, pois as crianças afetadas se afastam da escola por medo de recorrentes agressões físicas e psicológicas que aliada à falta de psicológos e a participação familiar para diagnosticar esse problema estruturam essa realidade.         Ademais, o método educacional atual também se tornou um fator para a queda na frequência escolar, porque a rotina nas salas de aula se tornou monótona, nessa perspectiva, a tecnologia deveria ser usada como meio de propagar valores educacionais, já que é um elemento de interesse comum entre os jovens e que promove a inclusão.        É indispensável, portanto, que as instituições escolares em parceria com o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) devem realizar reuniões com os familiares dos alunos para a compreensão dos motivos da queda na frequência escolar suscitando uma relação mais humana, além disso, podem incentivar os jovens por meio de estágios remunerados em áreas educacionais como ciências para que ocorra uma formação técnica e incentive-os a permanecer no ambiente escolar, assim, contribuindo financeiramente e intelectualmente na vida dos jovens. Ademais, a secretaria da saúde pode disponibilizar psicólogos para o atendimento em escolas, atuando no combate as causas e consequências do bullying na vida dos estudantes, assim garantindo a integridade física-emocional no ambiente de ensino.