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Enviada em: 10/07/2017

Se a aquisição de conhecimento pelo indivíduo constitui um dos poucos patrimônios não passíveis de furto, percebe-se o alto valor da educação para o ser humano. No Brasil, inúmeros jovens largam os estudos anualmente, configurando um cenário maléfico para o país. Dessa forma, uma ampla discussão acerca de fatores característicos do sistema de ensino adotado e traços econômicos relacionados a essa problemática é relevante para a coletividade.        Ao longo do processo de urbanização nacional, a realocação no ambiente citadino não ocorreu simultaneamente a uma mudança de ideologia na população. Em vista disso, o trabalho como atitude dignificadora ainda tem peso maior em relação ao estudo entre classes mais baixas, lógica típica do meio rural. Por conseguinte, jovens sem capital de auxílio tendem a desempenhar várias atividades remuneradas em paralelo com o exercício acadêmico, comprometendo o seu rendimento. Assim, a eventual fadiga física e mental aliada ao fracasso no aprendizado leva esses cidadãos a abandonar a educação, dificultando uma futura inserção no mercado.        Outrossim, vale ressaltar que a evasão escolar não se relaciona apenas com a profissionalização prematura. Em pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a falta de interesse surge como motivação majoritária para a “fuga” de instituições de ensino. Isso se deve, principalmente, pela falta de dinamicidade do modelo educacional vigente, em que o aluno é passivo durante todo o processo. Ademais, a ausência de estrutura nos colégios junto com um mau relacionamento de alguns mestres com seus aprendizes prejudica diretamente o envolvimento do estudante.        É necessário, portanto, que o MEC (Ministério da Educação) propague o modelo híbrido de ensino, que intercala atividades presenciais e online, garantindo a participação ativa do educando, autonomia para estudar em horários convenientes e um melhor mapeamento das dificuldades por parte dos professores. Para mais, é essencial a atuação de ONGs na conscientização da importância da presença familiar na escola, de forma a incentivar conjuntamente o jovem a prosseguir seus estudos. Isto posto, é possível amenizar os alarmantes índices de evasão colegial no país.