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Enviada em: 04/07/2017

A escola foi, durante muito tempo, a única fonte de cultura letrada das antigas civilizações. Hoje, com o advento da internet, o acesso à informação é mais fácil e prático, o que tornou o sistema de ensino obsoleto no Brasil e propiciou a eclosão da evasão escolar entre crianças e adolescentes. Há, também, outro fator que agrava esse fenômeno: a marginalização de indivíduos.       Em primeiro plano, dados de uma pequisa, realizada pelo Departamento de Economia e Sociologia da USP, revelam que o aumento do percentual de jovens fora das instituições de ensino elevou as taxas de criminalidade, a um pouco mais de 50%, em todos os estados brasileiros. Alguns sociólogos argumentam que isso se dá por motivos, em última análise, de desigualdades sociais. Por esse viés, afirma-se a existência de deficiências no ensino público em relação ao particular. Esse último sofre mais pressão social no que se refere a ingresso em universidades, enquanto o primeiro passa por problemas estruturais e não consegue manter parte dos estudantes dentro da escola.       Além disso, a forma como o conhecimento é passado ainda tem caráter conservador. O modelo atual utilizado é datado do século XIX, de acordo com a história. Por esse motivo não existem atrativos que conquistem o foco dos alunos para dentro do ambiente escolar. É fato que não é algo simples de resolver, afinal têm pessoas que mantêm o objetivo de passar no vestibular e precisam de conteúdo tradicional para alcançá-lo, mas nada impede de haver uma reforma na didática das escolas brasileiras. Vale salientar que o MEC já realizou uma mudança significativa nesse quesito. A implementação do novo modelo ENEM revolucionou a maneira de realizar vestibulares no país. Ao exigir competências e habilidades dos candidatos, as instituições tendem a trabalhar com contextualizações e práticas lúdicas em detrimento de uma metodologia ultrapassada.       A fim de melhorias, portanto, é necessário que medidas sejam tomadas. Para conter a ida dos adolescentes para a criminalidade o Ministério Público, junto ao Conselho Tutelar e professores, deve detectar quais não vêm dando resultados positivos, ou faltam constantemente e , por meio de visitas e conversa com os responsáveis, acompanhá-los no processo de educação social, cultural e acadêmica. Consoante, o MEC pode elevar mais escolas públicas à categoria de EREM ( Escolas de Referência em Ensino Médio ) com o intuito de preparar estudantes da rede pública para vestibulares. Por outro lado, promover a realização de projetos pedagógicos e lúdicos no ensino fundamental, a fim de melhorar a dinâmica na prática cognitiva. Logo, a frase do filósofo prussiano, Immanuel Kant, não poderia ser mais racional: "o ser humano é aquilo que a educação faz dele."