Materiais:
Enviada em: 25/06/2019

Durante a Revolução Industrial, a custo da mão de obra operária que foi amplamente explorada ocorreu um surto de desenvolvimento econômico e tecnológico. De forma análoga á essa situação, animais são de vital importância para a ascensão da evolução científica, porém, a ausência de fiscalização nos laboratórios resulta em lamentáveis condições de vida para esses animais, sobretudo no Brasil.  Decerto, os experimentos científicos em animais resultaram em contribuições inimagináveis para a medicina e o bem-estar social. Como prova disso, pode-se citar as vacinas para o tratamento da Raiva e da Poliomielite, assim como o desenvolvimento de procedimentos como a diálise, a quimioterapia e o anestesiamento. Por meio desse ponto de vista racionalista, pesquisadores defendem a relevância da utilização de cobaias animais em investigações, atribuindo isso à extensa contribuição dos resultados para a humanidade, sendo esse o preço para o progresso.  Em contrapartida, ativistas e defensores dos direitos animais atentam para as condições insalubres e o despreparo dos profissionais na área, fatores que associados configuram maus tratos, cuja proibição está prevista na Declaração dos Direitos dos Animais. Por consequência da argumentação empirista, esse grupo demonstra total aversão aos abusos sofridos pelas espécies usadas nas pesquisas.  Considerando o apresentado, pode-se alcançar uma síntese kantiana para a dicotomia, através de um uso consciente dos animais em estudos científicos somente quando estritamente necessário e sem ferir de nenhuma forma seus direitos. Para isso, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deve promover ações punitivas, caracterizadas pela aplicação de multas e sanções, aos laboratórios que não asseguram a humanização e a confirmação da inevitabilidade do processo de testes em animais. Visando assim minimizar a aflição das cobaias sem prejudicar o desenvolvimento científico.