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Enviada em: 19/07/2017

Um dos resultados do crescimento do veganismo abolicionista no Brasil, movimento contra uso de animais em testes, foi a invasão ao Instituto Royal, que estaria maltratando beagles durante os experimentos. Após o ocorrido, o debate em alta no país foi sobre o uso de animais em testes na produção de químicos. Embora alguns questionamentos fossem válidos, a falta de informação mostrou-se perigosa.       Uma vez que os experimentos consistem em causar nas cobaias a característica a ser estudada, se o carácter fosse um vírus, a retirada dos animais do Instituto Royal poderia resultar em contágio para outras populações. Sendo assim, a invasão foi uma atitude irresponsável, motivada pela desinformação dos ativistas sobre os potenciais riscos. O fato mostra uma falha na divulgação científica do país.       Em contraponto, os questionamentos sobre a necessidade dos testes em animais é válida. Para diversos compostos, os experimentos podem ser realizados em cultura de células humanas. Mediante o fato, a Europa proibiu testes em não-humanos na produção de cosméticos. Entretanto, essa metodologia é extremamente nova e sua real eficácia não pôde ser averiguada. Mesmo a Loreal, que usa a cultura celular, precisa realizar os testes tradicionais. A falta de incentivo fiscal no desenvolvimento dessa nova forma de pesquisa é um empecilho no Brasil.       A proibição desses testes impediria criação de remédios essenciais para a humanidade, como os antibióticos. Isto posto, existem algumas medidas que podem amenizar os danos. Para evitar episódios semelhantes ao citado, o Ministério da Educação, ao lado de fundações de pesquisa, poderia levar os alunos para os laboratórios e mostrar a necessidade desses testes. Aos cientistas e a mídia caberia a melhor divulgação científica. Por fim, o governo deve destinar maior verba para as fundações de pesquisa e, as mesmas, devem incentivar os funcionários a diminuir o número de mortes de animais durante as pesquisas através de benefícios. Se tudo for aplicado, não serão necessários outros resgates no futuro.