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Enviada em: 04/10/2018

Nas histórias infantis, Robin Hood é um famoso justiceiro que rouba dos ricos para dar a maioria, faminta e pobre, da população, com fito de acabar com a miséria de seu povo. Fora da livros, a fome e as disparidades sociais são uma triste realidade no Brasil, que agrava-se com as crises políticas e econômicas, apresentando, desse modo, uma complexa problemática social que suscita análise e ações interventivas.        Nesse sentido, segundo dados do IBGE, atualmente 10% da população dispõe de 43% do PIB brasileiro e constata-se a volta da pobreza extrema, sobretudo, na região Nordeste. Tais dados confirmam que, apesar das melhoras ocorridas desde a redemocratização, a formulação da Constituição Federal em 1988 e a criação de programas sociais, a concentração de renda ainda é uma constante produtora de um enorme abismo entre os mais abastados e os mais pobres. Com isso, milhões de pessoas vivem com menos de 50 reais por semana, além de não receber serviços de educação, saúde e transporte adequados, enquanto a alta sociedade constrói muros em suas mansões e finge não ver as mazelas existentes.       Contudo, caminhamos a passos lentos para a resolução do problema. Frente aos recentes escândalos de corrupção política e, ao mesmo tempo, o colapso em vários setores da economia, a falta de recursos para atender a sociedade e o desemprego, o qual acomete cerca de 14 milhões de indivíduos, de acordo com o IBGE, intensificam a questão. Ademais, com um injusto sistema em que aqueles com as menores rendas pagam quase a mesma quantia de impostos que os ricos e bilionários, torna-se, praticamente, impossível a ascensão social desta parcela populacional.            Portanto, em face do exposto, fica evidente que para não ser preciso ter justiceiros defensores do povo, é imprescindível a aplicação de medidas efetivas que garantam os direitos individuais e oportunidades para o desenvolvimento dos cidadãos. Dessa forma, primeiramente, os governos federais, estaduais e municipais devem assegurar que todos tenham acesso a educação, segurança, saúde e mobilidade de qualidade e, também, aperfeiçoem e elaborem mais projetos sociais. Além disso, é mister que o Ministério Público, a Justiça e a Policia Federal, mediante investigações e aumento das punições, impulsionem o trabalho de combate a corrupção. Somado  a isso, torna-se urgente ações conjuntas do Poder Executivo e Legislativo objetivando a restauração da economia, como a criação de uma reforma tributária, redução de juros e investimento em tecnologia de produção.