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Enviada em: 17/06/2018

Agronegócio: concentração de terras e estratificação social   Os primeiros colonos do Brasil no século XVI, receberam da coroa lusa grandes extensões de terras que foram os primeiros passos para a concentração fundiária no país. Contudo, o crescimento populacional e a manutenção dessa política acarretaram na diminuição de alimentos no mercado nacional e o monopólio da produção de riquezas.   Em primeiro plano, a concentração fundiária no Brasil tem o seu nascimento na colonização com a distribuição das sesmarias e tem sua confirmação com a promulgação da Lei de Terras em 1850, na qual capitalizou as propriedades. Ambos os eventos limitaram o acesso de grande parte da população na produção de riquezas, principalmente com o apogeu dos incentivos estatais em prol do agronegócio.   O agronegócio no pós-moderno, portanto, é o grande causador da estratificação social, pois adota uma política baseada nas “commodities”– produtos agrícolas com alto valor agregado voltado à exportação – sendo inevitável a busca em expandir as fronteiras das propriedades produtoras e diminuir o surgimento da agricultura familiar. Ou seja, decresce a oferta de alimentos no mercado interno e monopoliza a cadeia produtiva dificultando a distribuição de renda.   Conclui-se que a concentração de terras pelo agronegócio é o grande causador da elitização alimentar e o monopólio da cadeia produtiva. Por isso, cabe ao poder executivo criar uma linha de crédito voltada a agricultura familiar para incentivar a disponibilidade de alimentos no mercado interno. Ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), propor ao legislativo modificações no Estatuto da Terra que assegure o limite das propriedades rurais e desburocratize o processo de redistribuição de patrimônios ociosos. Desta forma, existira o alinhamento com o objetivo de diminuir a estratificação social.