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Enviada em: 17/06/2018

Ao longo do processo de formação do Estado Brasileiro, a desigualdade sócio-econômica consolidou-se e permaneceu forte. Intimamente ligada as relações de busca pelo poder e capital, o atual cenário econômico mundial remonta, entre outros, ao Imperialismo Europeu, onde os países desenvolvidos extraiam o máximo de riqueza de suas colônias para industrialização. Com isso, surge a atual problemática da desigualdade social e econômica mundial, afetando, sobretudo, o cenário educacional assim como a qualidade de vida da população e oportunidades de emprego.     É indubitável que a questão constitucional e a falta de políticas públicas brasileiras - e mundiais, estejam entre as causas do problema. De acordo com Rousseau, não há liberdade plena sem que haja igualdade sócio-econômica. A educação, fator vital para a construção de uma sociedade mais ética e justa, sofre os efeitos da desigualdade, expondo alunos a exíguas aulas bem como a precarização da estrutura educacional, visto que professores são mal pagos e desmotivados ao papel docente, abrindo  assim, espaço para a marginalização dos jovens e comprometendo o futuro profissional dos mesmos.    Outrossim, está a baixa qualidade de vida da sociedade e o insuficiente mercado de trabalho. O processo de êxodo rural, prática vista até hoje no país, evidencia a exclusão do trabalho no campo e a falta de auxílio os trabalhadores campesinos, visto que, em inúmeras cidades recursos humanos básicos como água potável, luz e comida são escassas, contrapondo-se ao gasto excessivo desses recursos em regiões mais industrializadas, a exemplo do Sudeste. Ademais, é inegável que o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu nas últimas décadas, entretanto, a concentração de renda e recursos básicos nas mãos de poucos funciona como forte base ao ato social excludente, agravando o problema no país.     Entende-se, portanto, que a continuidade da concentração de renda no país contribui fortemente para a permanência da desigualdade sócio-econômica tanto brasileira quanto mundial. A fim de atenuar o problema, o Governo Federal deve elaborar um plano que contemple a implementação de leis que assegurem a necessidade básica da população rural, fiscalizando a manutenção de obras públicas para a chegada de luz e água potável, assim como renda mínima necessária dado ao trabalho rural que cubram as despesas da população, disponibilizando assim, uma vida digna sem fome e miséria. Além disso, o trabalho docente para o futuro da sociedade deve ser reconhecido e estimulado, além de condições mínimas de trabalho asseguradas por fiscalizações do Governo Estadual juntamente a órgãos federais. Dessa forma, com base na filosofia de Rousseau, a liberdade plena sócio-econômica é gradativamente implementada no país.