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Enviada em: 18/06/2018

Contrapondo o pensamento malthusiano, a Escola Marxista afirma que o problema da fome no mundo não é decorrente da falta de alimento, mas da sua má distribuição. Sob essa ótica, a questão da subalimentação tem se transformado em um traço comum das sociedades desiguais em países pobres e emergentes. Nesse contexto, deve-se avaliar os impactos históricos e administrativos na problemática em questão.    Primeiramente, convém destacar que disputas territoriais, induzidas por acordos do passado, impedem que a fome seja extinta em certas regiões do globo. No século XVIII, por exemplo, a divisão do continente africano pela potências europeias na Conferência de Berlim foi um movimento que até hoje produz resultados negativos. Na Africa Subsaariana, os conflitos entre os povos são as principais sequelas. Em um cenário como esse, o desenvolvimento agrícola e pecuário se torna inviável. Consequentemente, a escassez alimentar passa a acompanhar a instabilidade do local.        Atrelado a esse elemento histórico, a gerência aplicada na maioria dos países com uma sociedade desigual impede a superação do problema. Isso corre porque, na grande parte das nações subdesenvolvidas, as taxas tributárias são maiores sobre os alimentos. Por conseguinte, os principais afetados são os mais pobres que, apesar de terem menor poder de compra, pagam o mesmo valor daqueles que concentram fortunas. Em razão disso, o aumento da produção alimentar, possibilitada pela Revolução Verde do século XX, adiciona pouca melhoria nutritiva na vida do cidadão comum.       Diante do exposto, faz-se necessário que a ONU, com o intuito de alcançar a concórdia no continente africano, abra espaço em seus órgãos internos –como a Assembléia Geral– para que os conflitos dessa região sejam resolvidos e a estabilidade que beneficiará a produção alimentar seja atingida. Outrossim, é importante que os países do terceiro mundo diminuam os tributos sobre o consumo ao mesmo tempo que aumenta os impostos sobre as riquezas com o fito de melhorar o poder de compra dos mais pobres e enfrentar a desigualdade. Assim, o pensamento marxista será entendido e os problemas apontados por ele solucionados.