Materiais:
Enviada em: 14/08/2018

O capitalismo é um sistema econômico engendrado na concentração de riqueza, e tal fenômeno é muito claro em países que foram explorados durante o período de expansão desse modelo de produção, como em nações da América Latina. O resultado depois desses séculos foram os alto níveis de concentração de renda, e consequentemente de pobreza e fome, demonstrando o quão feroz é a realidade e opressão ocasionadas pelo dinheiro.    Desse modo, a formação da sociedade moderna e contemporânea latino-americana foram pautada inicialmente no uso da mão de obra escrava indígena e negra e de uma elite que concentrava todo poder econômico, deixando a classe marginalizada à míngua. Atualmente, a situação não é dispare, a única diferença marcante fora o fim do trabalho compulsório, porém, os atores sociais ainda figuram entre opressores e oprimidos, gerando aberrações sociais como no Brasil, onde 1% da população concentra mais de 50% de toda a riqueza, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)    Sendo assim, um estudo da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), em 2017, mostrou que existe na região 71 milhões de indivíduos vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de 1 dólar por dia. Esse resultado pode ainda ser agravado devido aos momentos de crise econômica por qual alguns países enfrentam, como Brasil, Argentina e Venezuela, que, de acordo com o Banco Mundial, em 2018, tais nações já registram o crescimento do número de indigentes.    Juntamente a isso, está a questão epidêmica da fome: 13 países latino-americanos estão no mapa da fome da ONU (Organização das Nações Unidas) atualmente, que classifica os locais onde mais de 5% da população total está subalimentada. Esse é um claro sintoma da concentração de riquezas, já que, se ganha-se pouco é mais difícil alimentar-se.    É necessário, portanto, conter o avanço da pobreza e consequentemente da subnutrição, e isso deve ser feito de duas maneiras: primeiramente, os Estados deverão criar programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família no Brasil, beneficiando a parcela da população que vive abaixo da linha da pobreza, diminuindo assim seu valor alarmante. Em segundo lugar, é essencial que os Governos subsidiem parte dos valores os alimentos, tornando-os mais baratos e acessíveis para a parte da sociedade que vive em baixa renda, e assim diminuirá o problema endêmico da fome. Tudo isso é extremamente fundamental para a formação de um mundo mais justo e igualitário.