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Enviada em: 27/09/2018

Semelhante à belle époque europeia, a contemporaneidade traz consigo inúmeros avanços e inovações que permeiam a sociedade. No entanto, em meio a essa, assim como outrora, percebemos a fome e a desigualdade social como fatores nocivos ao bem-estar do corpo social.   No que concerne a inanição, por ela ser efeito direto da falta de acesso a alimentação de um dado povo ou indivíduo, é necessário para a sua resolução, uma realidade que propicie uma maior oferta de elementos nutritivos. De maneira análoga, de acordo com o ranking de liberdade econômica, podemos depreender que, países cujas políticas econômicas são mais intervencionistas, portanto, menos livres, reduzem substancialmente o grau de oferta de bens materiais em sua economia, dentre esses, o alimento, tornando a sua população mais inópia.   Em contrapartida, a respeito da disparidade social vigente, a sua causa advém de dois principais fatores: o rent-seeking e a educação. Em relação ao primeiro, como atesta Adriano Gianturco em seu livro, A Ciência da Política, ele é oriundo geralmente de uma prática corporativista, em que grandes corporações cooptam o estamento burocrático, afim de colocá-lo sob seus desígnios, oras com subsídios, oras com pré-fixação de preços, concentrando, por conseguinte, a demanda. Já o segundo, por sua vez, é marcado pelo baixo investimento acerca da esfera público-educacional, na qual, boa parte das escolas públicas carecem de materiais tanto para o seu próprio funcionamento, quanto para prover uma melhor formação ao aluno, reduzindo significativamente a competitividade desse, frente a um contexto em que o nível de conhecimento é altamente valorizado e imprescindível para possibilitar uma ascensão socioeconômica.   Com efeito, é de grande prioridade que as instituições públicas enfrentem ambos dilemas. Por um lado, com o uso da plena liberdade econômica, e, por outro, numa forte aplicação educacional. Enquanto a primeira seria responsável por maiores investimentos externos e internos, catalisando assim, através da livre iniciativa uma maior produtividade, que por consequência, gerará um aumento no salário marginal e maior oferta de bens materiais, mitigando a fome e aumentando a arrecadação, um importante elemento de lastro que fomenta investimentos sociais, como a própria educação pública, por exemplo. A segunda estaria incumbida de garantir um nível educacional equivalente a todos, engendrada através de um conjunto público-privado, no qual os órgãos públicos pagariam para o estudante usufruir do seu aprendizado até a sua formação superior, assim como no incentivo a filantropia; empresas que investissem na formação dos menos favorecidos, teriam isenções de tributações. Dessa forma, poderíamos rumar para uma perspectiva mais igual e de maior mobilidade social.