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Enviada em: 01/10/2018

No Brasil contemporâneo, a desigualdade social se configura como o principal obstáculo para o desenvolvimento humano do país, o que é extremamente preocupante, pois aumenta a miséria e a criminalidade urbana. Isso se deve, sobretudo, ao processo elitista e segregacionista de formação na nação e à falta de políticas públicas que combatam essa problemática. Logo, há a necessidade de ações do Estado e da sociedade civil, visando ao enfrentamento desse problema.          Nesse contexto, é importante pontuar, de início, que o Brasil teve como alicerce de sua formação os escravos africanos e trabalhadores liberais pobres, os quais sempre estiveram longe das decisões políticas. Tal fato fez que a maior parte da população ficasse às margens das riquezas produzidas, o que provocou a imensa desigualdade existente no atual cenário brasileiro. Isso é responsável por a maior parte da população – que é pobre – não ter representatividade na política, o que é oriundo de preconceitos, em que se acredita que as pessoas com menor poder aquisitivo não têm condições de representar-se politicamente.          Com efeito, é substantivo destacar, ainda, que o Bolsa Família e outros programas de combate à pobreza são de alta valia e não devem ser subestimados, pois ajudam milhões de cidadãos em todo o país. Entretanto, o constante aumento da desigualdade ratifica que o Estado ainda não combate tal problemática de maneira eficiente. Isso é bastante alarmante, pois a tendência do mercado é concentrar o capital nas mãos de uma parcela minoritária da população.           Portanto, é mister que o Estado, por meio do Congresso Nacional, crie programas que distribuam as riquezas mais equilibradamente e aprove uma reforma agrária generosa, a fim de melhorar a condição de vida dos mais vulneráveis socialmente. Às escolas, nas salas de aula, cabe a intensificação dos estudos históricos, filosóficos e sociológicos, com o fito de incitar toda a população a participar mais da política, bem como conscientizar a sociedade que as decisões políticas são da importância de todos, fazendo que a população mais pobre tenha mais representatividade.