Materiais:
Enviada em: 04/10/2018

O pensamento do chanceler alemão Bismarck de que a política é a arte do possível, adquire ares de obsolescência ao ser relacionado à situação alimentar e social de milhares de pessoas no mundo, e principalmente no Brasil. "Catalisado" pelo avanço impetuoso do consumismo predatório e da ineficiência do Estado tupiniquim, a fome, juntamente com a desigualdade social e sua ramificações, têm crescido exponencialmente no país.   "A população cresce em densidade, e ao invés de aumentarem as mesas, resolveram aumentar as grades." Este trecho de uma música do poeta e compositor brasileiro Fábio Brazza, retrata de forma lírica o cruel crescimento de comportamentos forjados pelo egocêntrico consumismo, onde a indiferença é algo corriqueiro e casual. A sociedade civil mostra-se completamente letarga em relação a expansão da fome no país, onde filantropia e caridade são viáveis apenas em troca de "status". É o opulente predatismo comercial vigente, causador de uma pandemia faminta e desigual.   O Poder Público nacional, exemplo máximo de um leviatã facínora, despreza largamente a situação calamitosa em que se encontram milhares de pessoas no território nacional. Pois enquanto cidadãos de todas as idades sofrem sem a garantia de satisfazer suas necessidades básicas, o poder executivo abusa de um custo maior que o da coroa inglesa. Políticas sociais são usadas apenas como manobra em épocas de eleições, enquanto os desfavorecidos enfrentam a dor da teoria empírica aristotélica de que o ser transfigura-se naquilo a que constantemente é submetido. Mais uma vez o opulente, inescrupuloso, nefasto, obtuso e hipócrita governo brasileiro fere a dignidade daqueles a quem deveria ser subordinado.   Dessa forma, fica claro que medidas devem ser urgentemente tomadas para a resolução dos problemas. Primeiramente, o Ministério Público deve, por vias midiáticas, exibir inúmeras publicidades que incentivem as classes mais favorecidas a fazerem doações à um fundo financeiro criado pelo mesmo que vise a manutenção de famílias carentes por todo o território nacional. Além disso, o Ministério da Comunicação, juntamente com demais órgãos do governo, deve trabalhar no desenvolvimento de um aplicativo com a função de informar simplificada e diretamente como um cidadão ou uma empresa podem efetuar doações, e até servir como tal meio. O Governo Federal deve também optimizar programas sociais, como o bolsa família, para que visem um meio de mobilidade social. Com medidas assim em ação, a "arte do possível" de Bismarck se revitalizará.