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Enviada em: 07/10/2018

Segundo o Existencialismo, doutrina filosófica surgida na França, no século XX, a liberdade de escolha é refletida nas condições de existência do ser. Portanto, cabe ao homem ser responsável por suas atitudes. Porém, no Brasil, em pleno século XXI, isso não passa de uma teoria, visto que a fome e a desigualdade social estão em evidencia – o explicita a ausência de Políticas Públicas para a manutenção do bem-estar social.        No Brasil, indubitavelmente, existe medida do governo para proporcionar aos cidadãos a conquista de uma sociedade digna. Pode-se mencionar, por exemplo, o Programa Bolsa Família, cujo objetivo é auxiliar as famílias em situação de pobreza, por meio da transferência de renda. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado já intenta contemplar as ideologias do Existencialismo.      Contudo, tal ação não é capaz de atenuar, verdadeiramente, os altos índices de fome e desigualdade social, pois, devido ao baixo crescimento econômico do país- que afeta a geração de empregos e impede que várias famílias saiam de uma situação de vulnerabilidade e miséria-, o que se observa na maioria das camadas sociais da nação, são níveis alarmantes de desnutrição e pobreza, motivadas, principalmente, pela falta de oportunidades. Percebe-se, pois, as consequências da fragilidade da educação oferecida à maior parte da sociedade, que não prepara os indivíduos para exercerem, de fato, sua cidadania. A verdade é que, a fome e a desigualdade social não serão atenuadas, enquanto o Estado não pautar a educação nos princípios existencialistas. Afinal: “O homem é condenado a ser livre, porque depois de atirado neste mundo torna-se responsável por tudo que faz”, diz o filósofo francês existencialista Jean-Paul Sartre.      Depreende-se, pois, que há necessidade de investimentos no Ensino Básico – o que já é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases, n°9.394/96. Para tanto, é plausível que o Estado, através do Ministério da Educação, não só contemple o componente curricular de Formação Cidadã, além de projetos interdisciplinares– realizados em escolas e comunidades – que contextualizem temas sobre fome e desigualdade social, mas também – em parceria com o Ministério do Trabalho- desenvolva palestras e campanhas publicitárias que contemplem o cenário mercadológico, com a finalidade de atenuar a fome e a desigualdade social no Brasil. Se assim for feito, a maior parcela da nação desfrutará dos princípios existencialistas defendidos por Sartre.