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Enviada em: 19/10/2018

Cogita-se com muita frequência a respeito das divergências econômicas e sociais em consonância com a fome. É notória o crescimento desenfreado de pessoas desnutridas, enquanto muitos lugares vivem situações contrárias. Isso se evidencia não só pela má distribuição de renda e separação nos setores de habitação, como também na falta de investimento do Estado em locais necessitados.       Em primeira instância, é importante ressaltar a concentração do capital na mão de poucos. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cerca de 20% da população brasileira vive em estado de calamidade. Prova disso são as formas segracionistas de moradias e a crescente formação de favelas em locais afastados, sem saneamento básico, estrutura, lazer e sobretudo alimentação adequada. Isso ocorre desde as Revoluções Industriais no século XIX, em que o ocorreu o inchaço urbano em decorrência da população em procura de melhores condições de vida. Porém, a organização para a formação dos grandes centros e a preocupação nas garantias sociais são negligenciadas, por conseguinte, os diversos problemas surgem.       Outrossim, a Constituição Brasileira de 1988 garante a todos os cidadãos o direito à saúde, trabalho, igualdade e alimentação. No entanto, essas garantias não são vividas por uma grande parcela do tecido social. A consequência é a miséria, insegurança do amanhã e pessoas que não possuem no corpo se quer os valores nutricionais recomendados para o dia a dia. Sem dúvidas, são casos que necessitam de investimento maior por parte do governo, a fim de dirimir tal desigualdade. Ademais, essas diferenças são vistas no setor rural, juntamente com a má distribuição fundiária, muitas terras na mão de poucos, enquanto isso muitos passam fome. Logo é necessário não só o cumprimento das leis, mas também revê-la e, distribuir o território de forma equitativa.       Fica claro, portanto, a necessidade de mudanças para resolver os impasses da fome e desigualdade. Cabe ao Governo investir em políticas públicas nas áreas segracionadas do conjunto social, com o fornecimento de infraestrutura, saúde, lazer, cursos profissionalizantes, para que haja melhoria na qualidade de vida. Por fim, o Poder Legislativo deve criar leis que buscam melhorar a estrutura fundiária, e que a terra não seja mais concentrada na mão de poucos, mas distribuída. Assim, os índices de divergências sociais diminuiriam, em soma o acesso à alimentação e à terra para produção seria facilitado.