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Enviada em: 21/10/2018

Uma tragédia construída ao longo de 500 anos.     Os pilares da democracia possuem a liberdade e a igualdade como direitos fundamentais aos cidadãos. Embora, essa afirmação devesse ser aplicada no que diz respeito à questão da fome que atinge a população brasileira, esses direitos não são garantidos e geram um paradoxo no cenário vigente. Apesar de haver todos os mecanismo para ser erradicada, vê-se que a situação ainda não foi resolvida, tornando-se indispensável a discussão da temática.       Em primeiro lugar, possuir recursos não está diretamente relacionado ao avanço. Prova disso, é a abundância e os altos índices de desperdícios por uma parcela da sociedade e a escassez extrema vivenciada por outra parte. É perceptível, assim, que o grande causador dessa disparidade é a má distribuição local; em razão disso, há uma ampliação em larga escala de nações em estados de subnutrição, a qual pode ser ocasionada por dois fatores: a alimentação deficiente ou a falta de alimentos. Consequentemente, isso acarreta em uma insuficiência de elementos essenciais ao organismo -como vitaminas e sais minerais- levando, dessa forma, a quadros como: raquitismo, escorbuto, osteoporose, cegueira-noturna e até a dores de cabeça.      Ademais, de acordo com dados do IBGE, 52 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza.  Dessa forma,  as pessoas pobres no Brasil não vivem apenas com pouco dinheiro, mas também em condições de vida piores do que a média, muitas vezes, em domicílios que não possuem acesso simultâneo aos serviços de saneamento básico como: distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, coleta e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. O que contribui exacerbadamente para o aumento das taxas de mortalidade infantil.     É evidente, portanto, que para diminuir a escassez de alimentos em nações em desenvolvimentos medidas devem ser tomadas. Em nível nacional, é fundamental a execução, por parte do governo, de políticas sociais -como o bolsa família, que visem a diminuição imediata da fome, por meio da oferta direta de alimentos aos que precisam. Ademais, paralelamente à política de atendimento urgente, é crucial a remoção de barreiras comerciais e cortes de subsídios, essa ação incentivará principalmente os pequenos agricultores que são os responsáveis por alimentar o povo e não o agronegócio. A mídia, com seu poder persuasivo, deve promover campanhas de conscientização e debates sobre a temática para reduzir o desperdício. Desse modo, além da maior quantidade de alimentos, terá, também, um maior aproveitamento dos recursos, possibilitando, assim, reverter o triste quadro da fome que assola o país há séculos.