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Enviada em: 24/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride no momento cuja mobilização de uns pelos outros é imperativa. Todavia, quando se observa a fome e a desigualdade social no século XXI, verifica-se que esse ideal não é desejavelmente constatado. Dessa maneira, é imprescindível a análise e o aprofundamento dessa questão no que tange aos aspectos governamental e social, a fim de buscar melhores perspectivas para o bem comum.         Sob esse viés, é indubitável que a desigualdade social e a consequente fome são problemas  consideravelmente endêmicos em todo o mundo, uma vez que o individualismo e a acumulação de riquezas do contexto capitalista, acaba por gerar, em muitos casos, a falta de altruísmo. Exemplo disso é a realidade em que a ONF Oxfam expõe ao afirmar que 1% da população mundial detêm os maiores poderios econômicos, enquanto cerca de 20% dos habitantes do planeta passam fome. Nesse sentido, percebe-se que a sociedade mundial não é condizente com a visão de mudança social pela solidariedade, a qual segundo  o sociólogo Émile Durkheim, é fundamental para a coesão de um corpo social.         Somando a isso, a fome e a desigualdade social no mundo atual também é reflexo da omissão dos governos, pois apesar do conhecimento desse empecilho em muitas localidades da Terra, poucas medidas eficazes são colocadas em prática. Esse panorama é o caso de muitas nações africanas que, devido a décadas de imperialismo pelos países europeus no século XIX, há mais de 100 anos são palcos de guerras civis, retrocessos econômicos, desigualdades e extrema fome. Assim, além da solidariedade como medida contra essa conjuntura, não poderia estar mais certo Thomas Hobbes ao afirmar que a ação dos Estados deve ser preponderante para coibir os problemas sociais, dentre vários, o da fome e desigualdade.         Portanto, tendo e vista o ideal Iluminista de progresso, é importante a ação do binômio sociedade e Poder Público. Logo, as ONGs devem organizar palestras nos eventos econômicos mundiais, com o objetivo de mostrar a importância do combate a fome e a desigualdade social aos lideres governamentais e aos empresários, conscientizando e trazendo o senso de altruísmo a esses indivíduos. Ademais, cabe a Organização das Nações Unidas criar uma fundo contra a fome e desigualdade mundial, a qual os países devem investir em conformidade com a sua economia, e as verbas sejam destinadas, primariamente, as nações que mais sofrem com esses problemas. Realizadas essas medidas, melhores perspectivas surgirão para o bem comum.