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Enviada em: 26/10/2018

A desigualdade e a fome não é uma invenção atual. Desde as Grandes Navegações no século XV, o acúmulo de riquezas nas mãos de poucos indivíduos predomina e proporciona essa conjuntura cruel. Sob esse aspecto, convém analisar as principais causas e consequências desse impasse para a sociedade brasileira.    No que se refere ao que ocasiona a problemática, destaca-se a incessante busca por capital, uma vez que a quantidade é relacionada ao sucesso, em virtude da exclusão social com os quais não apresentam poder aquisitivo. Segundo o filósofo iluminista Montesquieu, a injustiça que se faz a um é uma ameaça a todos. Tal pensamento justifica a importância da distribuição igualitária de oportunidades e acesso a alimentação, visto que a Constituição Cidadã, promulgada em 1988, assegura esse direito a todos.      Além disso, a persistência desse problema social permite à manutenção da marginalização dos menos favorecidos, de modo que alguns indivíduos enxerguem saída na criminalidade. De acordo com dados do Ministério da Justiça, 47% dos crimes são cometidos por pessoas que não tiveram acesso aos seus direitos, como condição de vida digna. Tal fato alarmante, infelizmente, pertence à  realidade brasileira e o quadro precisa ser amenizado, uma vez que, em pleno século XXI, ainda existem pessoas sem refeições diárias.    Em suma, perante a preocupação de Montesquieu acerca da injustiça, medidas são necessárias para resolver o impasse. Sendo assim, o Estado, responsável pela manutenção dos direitos cidadãs, deve criar campanhas nacionais para reduzir os índices de fome no Brasil e aumentar as cotas para as minorias sociais, por intermédio de doações de alimentos e investimentos nas instituições de ensino. Espera-se, com isso, amenizar o erro histórico que deixou sequelas até os dias atuais.